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Cientistas desenvolvem medicamento capaz de eliminar bactéria resistente

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O estudo foi publicado na sexta-feira (2) na revista Science Advances

 

 

Pesquisadores da Universidade de Washington (EUA) desenvolveram um novo composto eficaz para eliminar infecções resistentes e potencialmente fatais causadas pela bactéria Streptococcus pyogenes. O estudo foi publicado nesta sexta-feira (2) na revista Science Advances. A droga testada em camundongos pode ser pioneira na criação de uma nova classe de antibióticos.

O fármaco foi desenvolvido com foco em bactérias gram-positivas, responsáveis por algumas infecções resistentes, síndrome do choque tóxico e outras condições graves.

A base do composto é uma molécula chamada 2-piridona fundida em anel. Inicialmente, a equipe buscava uma substância para impedir que películas bacterianas se fixassem em cateteres uretrais, uma causa comum de infecções urinárias em ambientes hospitalares. A descoberta de que a droga era capaz de combater diferentes microrganismos foi inesperada.

No estudo, os pesquisadores testaram o material em infecções necrosantes de tecidos moles, como a fascite necrosante, conhecida como ‘doença devoradora de carne’. A condição pode causar danos graves, exigindo muitas vezes amputações para controlar sua disseminação e tem uma taxa de mortalidade média de 20%.

Camundongos infectados por Streptococcus pyogenes, responsável por 500 mil mortes anuais no mundo, e tratados com GmPcide apresentaram uma recuperação melhor e mais rápida. Os animais apresentaram menos perda de peso e úlceras menores.

 

 

 

 

De acordo com o estudo, os GmPcides coibiram a virulência das bactérias e aceleraram a cicatrização das áreas danificadas após a infecção. Embora o mecanismo exato ainda não esteja claro, observações microscópicas indicam que o tratamento afeta as membranas celulares bacterianas, tornando-as permeáveis.

Embora promissores, os GmPcides estão longe de serem disponibilizados como tratamento na prática clínica. O composto foi patenteado pela equipe, que o licenciou para a empresa QureTech Bio, com a qual os cientistas esperam colaborar no desenvolvimento farmacêutico e nos ensaios clínicos necessários.

 

 

Fonte: CFF
Foto: CFF