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Estudo de farmacêutico aponta eficácia de novos medicamentos baseados em artemisinina para malária

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O estudo abre caminho para novas estratégias para o desenvolvimento de novas terapias antimaláricas

 

 

Pesquisadores desenvolveram um estudo abrangente sobre a eficácia de novos medicamentos híbridos baseados em artemisinina no combate à malária, especialmente contra parasitos resistentes aos tratamentos atuais. O estudo, coordenado pelo farmacêutico e pesquisador Diogo Moreira e autoria de Helenita Quadros, da Fiocruz Bahia, em colaboração com diversas instituições internacionais, investiga duas novas combinações que mostram potencial significativo em comparação com a diidroartemisinina (DHA), uma droga padrão no tratamento da malária. Os resultados foram publicados no periódico Antimicrobial Agents and Chemotherapy.

 

Os híbridos demonstraram ser eficazes na redução do crescimento dos parasitas, apresentando especificidade por estágio, rapidez de ação e estabilidade em níveis comparáveis à diidroartemisinina (DHA), um tratamento padrão. O estudo ainda revela que esses híbridos não apenas conseguem reduzir o crescimento dos parasitos, como também têm uma taxa de homólise química mais lenta dos que a DHA, o que se traduz em uma maior estabilidade e eficácia no combate a cepas resistentes. Um dos híbridos mostrou ser especialmente eficaz em reduzir a viabilidade dos parasitos resistentes em estágios iniciais da infecção.

 

A pesquisa destaca a importância do heme, um componente central no mecanismo de ação desses medicamentos, ao inibir a neutralização do heme e interromper a sistema antioxidante dos parasitos. Embora ambos os híbridos tenham demonstrado eficácia limitada contra parasitas em estado de envelhecimento celular induzido pela artemisinina, eles ainda apresentam um avanço importante no tratamento de cepas proliferativas resistentes.

 

Os achados indicam que a lentidão na degradação do fármaco pode ser uma característica crucial para manter a atividade contra parasitos resistentes em proliferação, embora essa propriedade não resolva completamente o desafio de eliminar parasitos em estado de envelhecimento celular. O estudo abre caminho para novas estratégias para o desenvolvimento de novas terapias antimaláricas mais duradouras e eficazes.

 

Fonte: CFF
Foto: Freepik