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Medicamento para epilepsia tem resultado promissor contra apneia do sono

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Pesquisa europeia revela que o sultiam, medicamento utilizado para epilepsia infantil, pode reduzir em até 50% os sintomas da apneia obstrutiva

 

Apresentado durante o Congresso da Sociedade Europeia de Pneumologia (ERS), realizado em Viena, Áustria, um estudo revelou que o sultiam, um medicamento originalmente utilizado para tratar epilepsia infantil, mostrou-se eficaz contra a apneia do sono.

O estudo, realizado com 298 pacientes diagnosticados com apneia obstrutiva do sono — uma condição que provoca ronco intenso — abrangeu participantes de países como Bélgica, República Checa, França, Alemanha e Espanha. Os pacientes foram divididos em grupos, com alguns recebendo diferentes doses de sultiam, enquanto outros foram tratados com placebo.

De acordo com o jornal The Times, os resultados indicaram uma redução significativa dos sintomas nos pacientes que receberam o medicamento. Aqueles que tomaram a dose mais alta, de 300 mg diárias, apresentaram uma redução de até 50% nas dificuldades respiratórias associadas à apneia, o que resultou na diminuição do ronco. Mesmo os participantes que receberam doses menores, de 100 ou 200 mg, também relataram melhorias.

 

 

 

 

Durante as 12 semanas de estudo, os pesquisadores monitoraram diversos indicadores, como a respiração, a concentração de oxigênio no corpo, o ritmo cardíaco, os movimentos oculares, além da atividade cerebral e muscular dos participantes enquanto dormiam.

Os resultados mostraram não apenas uma diminuição das interrupções respiratórias noturnas, mas também uma redução da fadiga diurna entre os pacientes que tomaram o sultiam. Outro dado positivo foi o aumento da concentração média de oxigênio no sangue dos participantes ao longo do estudo.

 

 

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Sophia Schiza, da ERS, afirmou que o sultiam ajuda a evitar o colapso dos músculos ao redor da garganta, mantendo as vias aéreas superiores abertas durante o sono. Ela destacou que, embora os resultados sejam promissores, é essencial continuar investigando o sultiam e outros tratamentos para compreender melhor seus efeitos a longo prazo e possíveis efeitos colaterais.

 

 

Fonte: CFF
Foto: Freepik