A primeira caneta injetável brasileira contra alergias foi anunciada no 51° Congresso Brasileiro de Alergia e Imunologia, realizado em Salvador (BA) durante o mês de novembro. O desenvolvimento é de autoria de um grupo de pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e as informações são do jornal Tribuna Online.
O produto é fundamental para a vida de pessoas com condições graves de alergia (anafilaxia), que podem precisar da injeção de adrenalina em momentos de crise. A recomendação dos médicos é que pacientes andem sempre com duas unidades da caneta.
A principal complicação para o atendimento dos conselhos médicos é o elevado custo do medicamento, de aproximadamente R$ 5 mil a unidade, e as dificuldades de importação (fator também determinado para o alto preço). O curto período de validade do fármaco, que costuma ser de um ano, também é um empecilho. Com uma produção nacional, é esperado que o preço do produto caia para aproximadamente R$ 400.
Mais informações sobre a primeira caneta injetável brasileira
A inovação está na produção do dispositivo em solo brasileiro, tendo em vista que o medicamento já é aprovado no Brasil. O protótipo foi apresentado à Anvisa, que irá agora avaliar o produto e determinar se ele atende requisitos como a manutenção da adrenalina em uma temperatura adequada.
“É um grande problema, porque moramos em um País quente. Então, para ser aprovado, esse protótipo tem que manter a medicação nas condições de luz e de temperatura. Além disso, tem que ser fácil do paciente aplicar. É uma ideia boa, mas ainda há muito caminho para ser percorrido”, explica a imunologista Milena Pandolfi.
“Por enquanto, eles só apresentaram um protótipo. Ainda faltam passos para apresentar e testes para serem realizado. Não é algo para o próximo ano”, complementa.