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Adulteração de creatina: riscos e impactos à saúde do consumidor

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Em outubro, a Abenutri publicou um relatório reprovando 18 marcas comercializadas no Brasil

 

 

A creatina, amplamente utilizada como suplemento alimentar, é considerada segura e eficaz quando produzida dentro dos padrões regulamentados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Reconhecida por benefícios como o aumento do desempenho físico, força muscular e redução da fadiga, especialmente em exercícios anaeróbicos, a substância é alvo de práticas de adulteração que podem comprometer sua qualidade e segurança. Em outubro, a Associação Brasileira de Empresas de Produtos Nutricionais (Abenutri) publicou um relatório reprovando 18 marcas comercializadas no Brasil, devido à discrepância entre o teor de creatina informado no rótulo e a quantidade real presente no produto.

De acordo com o Leandro Medeiros, membro do Grupo de Trabalho sobre Suplementos Alimentares do Conselho Federal de Farmácia (CFF), a creatina possui um bom perfil de segurança e benefícios respaldados por estudos científicos. “Ela pode melhorar o desempenho físico, a força muscular e a percepção de fadiga, principalmente em exercícios anaeróbicos”, destaca Medeiros.

No entanto, a adulteração de suplementos alimentares é uma prática que preocupa especialistas e órgãos de fiscalização. “A adulteração ocorre quando o produto é fabricado ou comercializado fora dos padrões estabelecidos pela legislação sanitária vigente. Isso pode incluir alterações na composição, rotulagem ou até mesmo o uso de substâncias não autorizadas ou em concentrações inadequadas”, explica o farmacêutico.

Entre as práticas mais comuns está a adição de amido, estratégia usada para reduzir a concentração de creatina nos produtos e, consequentemente, seus efeitos no organismo. “Isso visa baratear a produção e aumentar o lucro das empresas, mas viola os princípios de segurança e qualidade que devem ser seguidos pelos fabricantes”, alerta Medeiros.

 

 

 

 

Outro problema grave é a inclusão de substâncias não declaradas no rótulo, como anfetaminas. Essas substâncias, proibidas em suplementos alimentares, podem provocar sérios efeitos adversos à saúde. “Estamos falando de riscos cardiovasculares, neurológicos e gastrintestinais que podem ser extremamente prejudiciais ao consumidor”, ressalta o especialista.

Para garantir a segurança, consumidores devem estar atentos à procedência dos produtos, buscar informações sobre marcas confiáveis e sempre consultar profissionais da saúde antes de iniciar o uso de qualquer suplemento. A fiscalização rigorosa e a conscientização da população são essenciais para evitar os perigos associados ao consumo de produtos adulterados.

 

 

 

 

Fonte: CFF
Foto: Freepik