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Propaganda de medicamentos concentra polêmicas em 2024

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Até celebridades emprestaram sua fama para campanhas do setor, mas não faltaram problemas

 

 

A propaganda de medicamentos convive com restrições legais no mercado brasileiro e limita-se aos MIPs. Em contrapartida, foi marcada por polêmicas nos maiores celeiros da indústria farmacêutica mundial.

Em 2024, os laboratórios baseados nos Estados Unidos investiram como nunca na diversidade em suas campanhas publicitárias, com direito à participação de celebridades globais. Repercussões positivas não faltaram, mas puxões de orelha dos órgãos reguladores aumentaram na mesma proporção.

O portal norte-americano Fierce Pharma elencou algumas das iniciativas mais diferenciadas do setor em 2024 e destacou outras que provocaram turbulências institucionais nas companhias.

 

Um panorama da propaganda de medicamentos no exterior

 

Sanofi acolheu colaboradores com câncer 

Começamos com um exemplo de ação que poderia ser replicada pelo mercado nacional. A Sanofi anunciou um programa que garantiu apoio e um ano de salário para os colaboradores diagnosticados com câncer. A inciativa teve ótima repercussão especialmente por coincidir com as ativações de marketing durante as Olimpíadas de 2024 na França, terra natal da farmacêutica.

 

Parceria entre Lady Gaga e Pfizer: sucesso e problemas 

Não foi só o dueto de Lady Gaga com Bruno Mars que fez sucesso no ano. Outra colaboração da cantora e atriz, dessa vez com a Pfizer, também deu o que falar. Isso porque ela foi escolhida como a garota-propaganda do Nurtec ODT (rimegepant), medicamento para combate à enxaqueca.

Gaga promoveu o remédio usando sua experiência pessoal. Mas a dor de cabeça não passou e estendeu-se para a Pfizer. Após uma série de publicações nas redes sociais, a farmacêutica foi acusada de violar as regras para a propaganda de medicamentos na Europa.

 

 

 

Pfizer também “apelou” para outras celebridades

Se a imagem de Lady Gaga provocou enxaqueca para a Pfizer na Europa, a companhia decidiu revisitar o passado durante o Super Bowl. A farmacêutica promoveu um comercial reforçando seu papel na história da humanidade, utilizando imagens da banda Queen e do físico Albert Einstein. A campanha foi considerada por especialistas uma atitude de “tudo ou nada” para tentar reverter a queda de sua receita, motivada pelo recuo brusco na demanda por medicamentos e vacinas contra a Covid-19.

 

AstraZeneca e GSK também tiveram problemas

As britânicas AstraZeneca e GSK também tiveram problemas com suas campanhas. Ambas foram repreendidas pelo órgão fiscalizador local por uma prática similar. Colaboradores das duas empresas curtiram nas redes sociais, mais precisamente no LinkedIn, postagens referentes a medicamentos de prescrição.

 

 

 

 

Fonte: Panorama Farmacêutico
Foto: Freepik