A Anvisa permite que o produto seja importado apenas por pessoas físicas, desde que tenham receita médica. A comercialização do produto no Brasil é proibida, e sua importação por pessoas jurídicas é vetada
Um passageiro foi detido no Aeroporto de Fortaleza transportando ao menos 30 canetas do medicamento Mounjaro, conhecido por seu uso em tratamentos de emagrecimento.
Fabricado pela farmacêutica Eli Lilly, o Mounjaro é vendido em concentrações entre 2,5 mg e 15 mg. Os preços no Brasil variam entre R$ 900 e R$ 3.800.
As canetas estavam escondidas nas meias e na cueca do homem, que desembarcou na capital cearense em janeiro deste ano. A Receita Federal divulgou as imagens do flagrante nesta semana.
À base de Tirzepatida, o Mounjaro é utilizado no tratamento de diabetes e é regulamentado pela Anvisa apenas para importação por pessoas físicas mediante receita médica.
A Anvisa permite que o produto seja importado apenas por pessoas físicas, desde que tenham receita médica. A comercialização do produto no Brasil é proibida, e sua importação por pessoas jurídicas é vetada. O medicamento deve ser mantido sob refrigeração de até 8°C.
A Receita Federal optou por não fornecer detalhes adicionais sobre a apreensão ou sobre o destino do passageiro após o flagrante. O órgão também não esclareceu se o homem foi detido ou se enfrentará acusações legais.
No início do ano, também em Fortaleza, a Receita Federal apreendeu 176 canetas do mesmo medicamento, avaliadas em R$ 600 mil, escondidas em uma carga de material de pesca vinda de Miami. O material foi entregue à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).