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Mercado de diabetes tipo 1 pode gerar US$ 9,9 bi em 2033

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Avanço seria motivado pela chegada de opções farmacológicas não insulínicas

 

 

Segundo o mais recente relatório da GlobalData sobre o mercado de diabetes tipo 1, as terapias destinadas ao controle da doença podem apresentar uma taxa de crescimento anual composta (CAGR) de 13,3% nos próximos oito anos. E a explicação para esse movimento seria a diversificação de medicamentos.

Com a chegada de opções farmacológicas não insulínicas para a administração da doença, a expectativa da empresa de dados e análises é que o mercado avance dos US$ 2,2 bilhões (R$ 12,8 bilhões) registrados em 2023 para US$ 9,9 bilhões (R$ 57,6 bilhões) em 2033. Os motores desse crescimento seriam blockbusters como a semaglutida, princípio ativo do Ozempic e do Wegovy, da Novo Nordisk; e a tirzepatida, presente no Mounjaro e no Zepbound, da Eli Lilly.

 

Mercado de diabetes tipo 1 tem tipo 2 como impulso

O mercado de diabetes tipo 1 ganha impulso graças ao tipo 2 da doença, para o qual a semaglutida e a tirzepatida vêm se mostrando eficientes. Mas outra explicação reside no uso off-label desses princípios ativos. Um estudo recém-veiculado pela publicação Diabetes Technology & Therapeutics atestou reduções significativas nos níveis de HbA1c e do peso corporal entre adultos que vivem com essa condição.

“Essas descobertas sugerem uma nova abordagem terapêutica potencial para melhorar o controle glicêmico e tratar a obesidade em DT1, uma área com poucos avanços farmacológicos além da terapia com a insulina”, afirma o analista farmacêutico Sulayman Patel.

 

 

 

 

Líderes de opinião destacam necessidade de diversificação 

Para líderes de opinião consultados pela GlobalData, é necessário que opções complementares à insulina surjam para os pacientes com diabetes tipo 1. Apenas 20% a 30% das pessoas atingem suas metas glicêmicas, ressaltando a necessidade urgente de terapias adjuvantes eficazes.

Por falar em diversificação, esse pode ser um nicho interessante para as farmacêuticas que desejam ingressar no mercado de GLP-1. “Com o crescente interesse em terapias auxiliares, as empresas farmacêuticas podem buscar ensaios clínicos formais para garantir a aprovação regulatória para esses agentes em DT1”, afirma Patel.

 

 

Mercado de obesidade e diabetes movimentará montante ainda maior

Se o mercado de diabetes tipo 1 pode crescer, o geral, incluindo o de tratamento da obesidade, terá um avanço ainda mais significativo. Até 2030, R$ 575 bilhões podem ser movimentados com as vendas de semaglutida e tirzepatida, aponta estudo da Allianz Trade.

Os medicamentos saltaram de € 4,5 bilhões (R$ 28,6 bilhões) em 2021 para € 21,2 bilhões (R$ 134,9 bilhões) em 2023. E, com um crescimento de 92%, a expectativa é que o Ozempic seja o segundo medicamento mais vendido globalmente em 2024, com € 17 bilhões (R$ 108,1 bilhões) em receita, ficando atrás apenas do Keytruda, remédio oncológico da MSD. As farmacêuticas dinamarquesa e norte-americana, que comandam o mercado, devem ver suas receitas avançarem 24% e 33%, respectivamente.

 

 

 

Fonte: Panorama Farmacêutico
Foto: Freepik