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Entidades se unem em campanha contra a falsificação de medicamentos

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Cartilha criada reúne informações essenciais sobre os riscos e os impactos do problema

 

Uma iniciativa criada por meio da parceria entre o Conselho Nacional de Combate à Pirataria (CNCP), a Interfarma e o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) visa combater e alertar sobre os riscos da falsificação de medicamentos no país.

As entidades reforçam que esses fármacos irregulares são produzidos sem os padrões de qualidade exigidos, podendo comprometer a eficácia dos tratamentos, agravar quadros clínicos ou mesmo provocar reações adversas graves. Tal ação movimenta bilhões de reais e contribui para financiar atividades criminosas como tráfico de drogas e outros ilícitos.

O principal fruto dessa parceria é a cartilha digital Falsificação de Medicamentos – Cartilha de Conscientização aos Consumidores, que reúne informações sobre os riscos enfrentados por pacientes que escolhem utilizar remédios de origem incerta.

 

 

“O lançamento desta cartilha sobre falsificação de medicamentos reforça o compromisso do CNCP com a proteção da saúde e da segurança do consumidor. A falsificação de medicamentos é um crime grave, que coloca vidas em risco, compromete tratamentos e enfraquece a economia formal”, afirma o secretário-executivo do CNCP, Andrey Correa.

Segundo ele, trata-se de uma ferramenta de orientação e de prevenção, que visa alertar a população, fortalecer a atuação dos órgãos competentes e estimular denúncias. “Proteger o consumidor é uma missão de todos e a informação é essencial nesse enfrentamento”, acrescenta.

 

Leia também: MJSP e Interfarma lançam cartilha para combater a falsificação de medicamentos no Brasil

 

Falsificação de medicamentos tem se tornado mais comum

A comercialização desse tipo de remédios vem crescendo nos últimos anos, e se concentra principalmente nos países de baixa e média renda. Dados divulgados pela ONU revelam que um em cada dez medicamentos comercializados nessas nações são falsificados ou de baixa qualidade.

Um dos principais fatores para o avanço dessa tendência é o crescimento do comércio digital, que aumenta o alcance dessas ofertas e dificulta o monitoramento dos órgãos responsáveis.

“Produtos ilegais imitam embalagens originais, mas não oferecem qualquer garantia de qualidade. Podem estar vencidos, adulterados ou conter substâncias tóxicas, e não produzem o efeito terapêutico esperado”, explica Renato Porto, presidente-executivo da Interfarma. “Ao comprar um produto fora de farmácias autorizadas, o consumidor se expõe a riscos sérios à saúde e, muitas vezes, sem saber, está financiando organizações criminosas que atuam em diversas frentes ilegais”, ressalta.

De acordo com o secretário Correa, além da conscientização dos consumidores, o combate à falsificação deve envolver ações de fiscalização, disseminação de informações confiáveis e canais eficazes de denúncia, como a Anvisa, o Procon, a Polícia Civil, o Conselho Nacional de Combate à Pirataria (CNCP) e os próprios fabricantes dos medicamentos.

 

Fonte: Panorama Farmacêutico
Foto: Canva