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CEO de farmacêutica propõe corte nos preços dos medicamentos

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Medida seria resposta à pressão de Donald Trump

 

preço dos medicamentos pode cair nos Estados Unidos, segundo o CEO da AstraZeneca, Pascal Soriot. A medida seria uma resposta às pressões movidas pelo presidente norte-americano, Donald Trump. As informações são da NBC Chicago.

A possibilidade foi revelada após a divulgação dos resultados do segundo trimestre da farmacêutica. “Fizemos propostas do que nós, como empresa, acreditamos que poderia ser feito, o que, na verdade, implicaria reequilibrar os preços com uma redução nos EUA”, afirmou o executivo.

Apesar de apontar esse caminho, o CEO ressaltou que a dinâmica de preços no país é “muito complicada” e alertou que há falta de transparência nesse processo. Soriot não especificou quais tratamentos estarão englobados na redução.

 

Preço de medicamentos cai nos EUA, mas pode subir em outros países

A medida, que favorece os pacientes norte-americanos, pode encarecer a jornada para aqueles de outros países. Isso porque Soriot declarou que os custos da pesquisa e desenvolvimento devem ser repassados a outros mercados.

 

“Acredito que é necessário um reequilíbrio de valores em todo o mundo. Os EUA não podem mais pagar pela pesquisa e desenvolvimento do mundo”, declarou. “Definitivamente, apoiamos a ideia de implementar alguma redução dos níveis de preços em solo americano e algum aumento pequeno na Europa”, finaliza.

 

 

Governo assinou plano para reduzir custos

Em maio, o presidente Donald Trump assinou uma ordem executiva cujo objetivo era renovar um plano para reduzir os custos dos medicamentos no país, vinculando-os aos praticados em outras nações desenvolvidas. Para o político, a medida seria uma “equalização” dos preços.

Em paralelo, ele também planeja aplicar tarifas sobre produtos farmacêuticos importados, o que pode acontecer a qualquer momento. Essas taxas têm como objetivo fomentar a fabricação local desses itens.

A AstraZeneca também já tornou público seus planos de ampliar sua atuação nos EUA. Até 2030, a farmacêutica investirá US$ 50 bilhões (R$ 275,5 bilhões) para ampliar sua capacidade produtiva e de pesquisa no país. Ainda neste ano, o laboratório deseja fabricar nos EUA todos os remédios consumidos localmente.

 

Pressões do governo norte-americano não param por aí

Além das medidas já anunciadas, Trump também estuda tributar os detentores de patentes de medicamentos. A medida visa a impulsionar a arrecadação dos cofres públicos.

A ideia do Departamento de Comércio, comandado pelo secretário Howard Lutnick, é cobrar entre 1% e 5% do valor total das patentes. A proposta, que pode gerar dezenas de bilhões de dólares, é parte de uma série de estratégias traçadas com o objetivo de aumentar a receita e reduzir o déficit orçamentário do governo.

 

Fonte: Panorama Farmacêutico
Foto: Reprodução