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Sincofarma alerta para aumento de roubos de medicamentos de alto custo em farmácias de São Paulo

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A instituição reforça o apoio jurídico aos associados e cobra ações conjuntas para conter avanço da criminalidade.

 

São Paulo, 17 de setembro de 2025 – O Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos do Estado de São Paulo (Sincofarma) divulgou uma nota oficial alertando para o avanço dos roubos e furtos contra farmácias no estado. Os crimes, que têm como alvo principal medicamentos de alto valor agregado, como as canetas emagrecedoras Ozempic e Wegovy, além de fármacos controlados como Venvanse e Ritalina, vêm crescendo de forma acelerada e já comprometem tanto a viabilidade econômica das farmácias quanto a segurança sanitária da população.

 

Segundo levantamento do Sincofarma, com o apoio da ABCFARMA, apenas entre janeiro e fevereiro de 2025 foram registrados 309 casosuma média de cinco ocorrências por dia –, número que representa alta de 11,9% em relação ao mesmo período de 2024. Nos crimes envolvendo medicamentos de alto valor agregado, o crescimento foi ainda mais alarmante: 111% em 1 ano**.

 

Impacto direto no setor

O presidente do Sincofarma/SP, Natanael Aguiar Costa, destaca que as perdas ultrapassam o campo financeiro e colocam em risco a saúde pública:

 

 “Esses medicamentos, quando desviados, perdem a rastreabilidade exigida pela legislação sanitária. Sem controle de armazenamento e transporte, podem comprometer sua eficácia terapêutica e representar riscos sérios para quem os consome no mercado paralelo”, alerta o dirigente.

 

O impacto financeiro anual para o setor é estimado em R$ 12 milhões em perdas diretas de estoque, o equivalente a 0,4% do faturamento médio das farmácias. Já a rentabilidade sofre recuo de até 1,2 ponto percentual em pequenas farmácias, que são as mais vulneráveis. Além disso, o aumento dos custos fixos com segurança – que hoje consomem entre 0,5% e 1% do faturamento – pressiona ainda mais os empresários.

 

Operação afetada e custos extras

Para mitigar os riscos, farmácias estão reduzindo estoques expostos e aumentando a frequência de reposições, o que gera custos logísticos adicionais e, em alguns casos, prejudica a disponibilidade dos medicamentos ao consumidor. As seguradoras, por sua vez, passaram a cobrar prêmios mais altos e a impor exigências adicionais para cobertura contra furtos e roubos.

 

Outro reflexo é a necessidade de treinar funcionários para situações de segurança, o que impacta diretamente a rotina e eleva o orçamento das empresas.

 

 

Apoio jurídico aos associados

Diante desse cenário, o Sincofarma/SP coloca à disposição de seus associados o serviço jurídico especializado, preparado para orientar e apoiar farmácias em casos de criminalidade, exigências regulatórias e eventuais processos relacionados à segurança sanitária.

 

 “Nosso jurídico tem papel fundamental neste momento. Ele auxilia as farmácias a se resguardar legalmente, a lidar com seguradoras, a interpretar a legislação sanitária e, principalmente, a não se desequilibrar diante da concorrência. O associado pode contar com o Sincofarma para enfrentar este desafio com respaldo técnico e jurídico”, reforça Natanael Aguiar Costa.

 

Ação integrada é urgente

Para o presidente do Sincofarma SP, é imprescindível que o combate aos crimes contra farmácias seja tratado como uma prioridade conjunta:

 

“Estamos diante de uma ameaça que compromete a viabilidade econômica do setor e a segurança da população. Precisamos de uma ação coordenada entre autoridades de segurança pública, órgãos sanitários e o setor privado. Somente assim conseguiremos conter esse avanço e proteger quem depende de medicamentos seguros e rastreáveis.”

 

O Sincofarma/SP reafirma seu compromisso de representar e proteger as farmácias do estado de São Paulo, oferecendo suporte jurídico, regulatório e estratégico aos associados. Para o órgão representativo patronal, conter a criminalidade é essencial não apenas para garantir a sustentabilidade das empresas, mas também para preservar a saúde pública e a confiança do consumidor.

 

Fonte: Assessoria Jurídica do Sincofarma SP
Dr. Rafael Espinhel
Foto: Reprodução