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Parceria entre Marinha e USP retoma produção de medicamento contra o câncer

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Reator nuclear do IPEN volta a operar continuamente e viabiliza fabricação do Lutécio-177, usado no tratamento de tumores.

 

Uma parceria entre a Marinha e a Universidade de São Paulo (USP) possibilitou a retomada da produção nacional do radiofármaco Lutécio-177, utilizado no tratamento de câncer de próstata e de tumores neuroendócrinos, que podem afetar órgãos como pâncreas, pulmões e intestino. A substância é produzida no reator nuclear do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN), que estava praticamente ocioso por falta de pessoal especializado.

 

A operação contínua do reator foi garantida graças ao ingresso de militares da Marinha, que passaram por um rigoroso processo de seleção e por um programa de qualificação de um ano e meio. Eles agora atuam lado a lado com os operadores civis na sala de controle do reator, onde medidas de segurança são rígidas para evitar qualquer risco de vazamento de radiação.

 

 

De acordo com o comando da Marinha, a iniciativa cumpre uma dupla função: assegurar a produção de um medicamento de grande relevância social e ao mesmo tempo formar militares que poderão atuar futuramente no programa nuclear brasileiro.

 

Atualmente, o Lutécio-177 consumido no país é importado, com custo aproximado de R$ 40 mil por tratamento, valor que não está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS). Com a produção nacional, a expectativa é reduzir o preço em até cinco vezes, ampliando as chances de acesso a terapias inovadoras contra o câncer.

 

Fonte: CFF
Foto: Reprodução