Boas ou más notícias para a Eli Lilly? As prescrições de Zepbound chegaram ao nível de 25 mil semanais no fim de dezembro, mas tal demanda ameaça o abastecimento do medicamento para esse começo de ano. As informações são da Reuters.
O anúncio ambíguo foi feito na última segunda-feira, dia 8, por David Ricks, presidente-executivo da farmacêutica, durante a conferência anual de saúde do JP Morgan, realizada na Califórnia (EUA).
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Também de acordo com o executivo, o laboratório “trabalhará duro” para seguir atendendo os pacientes, mesmo com uma procura cada vez maior.
Prescrições de Zepbound: demanda será dinâmica
Perguntado durante o evento, o presidente-executivo se recusou a responder sobre quanto Zepbound a Eli Lilly é capaz de produzir atualmente e também se negou a cravar uma previsão de demanda para o ano.
Anteriormente, Ricks já havia afirmado que os níveis de busca pelo medicamento para emagrecer devem ser dinâmicos e que a farmacêutica se movimenta para ampliar sua capacidade produtiva.
Dentre os projetos já divulgados, estão a ampliação da planta situada na Carolina do Norte (EUA) e também a construção de uma nova unidade, dessa vez na Europa, mais precisamente na Alemanha.
Prescrições de Zepbound
PBMs devem democratizar acesso
Um motor que deve intensificar ainda mais a demanda pelo Zepbound seria sua inclusão nos programas de benefícios de medicamentos (PBMs). O executivo afirmou que o remédio deve ser contemplado pelos serviços e ao menos um player já o indicará ainda em 2024.
No último mês de dezembro, o laboratório anunciou que a Express Scripts, da Cigna, um dos maiores PBMs dos Estados Unidos, havia incluído o fármaco em sua lista preferencial para reembolso.
Só que o benefício pode ter seu efeito mitigado, uma vez que os empregadores não estão dispostos a incluir os medicamentos para emagrecer na lista de remédios contemplados.
Medicamento pode tornar Eli Lilly trilionária
Com um valor de mercado de mais de US$ 500 bilhões, a Eli Lilly caminha para se tornar a primeira farmacêutica trilionária dos Estados Unidos. A análise foi feita pelo investidor bilionário Ken Langone em entrevista à CNBC, em dezembro.
De acordo com o investidor, o futuro brilhante do laboratório está relacionado com o antigo CEO da multinacional, John Lechlater.
“Nos anos ruins, quando tudo estava desmoronando, ele foi firme nos investimentos em P&D e na proteção dos dividendos”, explica.