Um comitê de consultores independentes, contratado pela FDA americana votou a favor do novo medicamento contra o Alzheimer produzido pela Eli Lilly. O anticorpo monoclonal donanemabe tem o intuito de retardar os sintomas e o avanço da doença. As informações são da CNN Brasil.
Ao ser introduzido no organismo do paciente o medicamento viaja até o cérebro, onde se une às placas amiloides, marcando-as e facilitando sua remoção pelo sistema imunológico. O acúmulo dessas placas é nocivo para o funcionamento do órgão e representa um dos principais indícios do Alzheimer.
Dados do novo medicamento contra o Alzheimer foram apresentados
Durante o painel a farmacêutica americana utilizou os dados recolhidos em suas pesquisas para convencer os membros do comitê que a disponibilização do fármaco para os pacientes seria benéfica.
Segundo a Lilly os pacientes contemplados com o medicamento durante os estudos clínicos apresentaram uma progressão 37% menor da doença em comparação com quem recebeu o placebo.
A taxa de mortalidade, considerada “equiparável” pela empresa, foi um pouco maior entre os pacientes que utilizaram o remédio (2% x 1,7%). O relatório da farmacêutica ainda apontou três mortes causadas por ARIA (anormalidades de imagem relacionadas à amiloide), a maioria delas desenvolvidas durante as seis primeiras semanas de tratamento.
Na tentativa de combater esse possível efeito colateral, a Eli Lilly apresentou ao conselho a introdução de uma nova ressonância antes da segunda infusão do tratamento como solução. O exame adicional tem como objetivo detectar adversidades causadas pelo medicamento.
Leia também: Novo medicamento para Alzheimer que não cura a doença.
Comitê do FDA endossou o medicamento em duas oportunidades
Ao final do processo os membros do painel se mostraram a favor da aprovação do medicamento ao afirmarem, de forma unânime, que ele é eficaz para o tratamento do Alzheimer e que os benefícios são superiores aos riscos.
“Há uma enorme necessidade médica não atendida aqui que, esperamos, possa ser resolvida”, afirma Sarah Dolan, representante interina dos consumidores no comitê e consultora da Critical Path, após a audiência.