Sincofarma SP

Benefícios para cabelo e pele? Mitos e verdades sobre colágeno

Compartilhe:

Facebook
LinkedIn
WhatsApp

Suplementação da proteína ainda não tem respaldo científico, e especialistas fazem alerta

 

 

Nos últimos anos, o colágeno ganhou popularidade como um suplemento milagroso, prometendo benefícios que vão desde a melhora da pele até o fortalecimento das articulações. Nas redes sociais, uma série de publicações falam sobre os benefícios da substância, mas nem sempre com respaldo científico. Confira abaixo mitos e verdades sobre essa proteína.

“Colágeno é uma proteína essencial para a saúde do corpo, como componente estrutural de tecidos conjuntivos, mais conhecida por ser parte importante da firmeza da pele e saúde das articulações”, explica Isis Veronez Minami, dermatologista do Hospital Edmundo Vasconcelos, em São Paulo. Ele é um componente essencial dos tecidos conectivos, como pele, ossos, cartilagem e tendões, conferindo-lhes estrutura e elasticidade. Com o envelhecimento, a produção natural de colágeno diminui, o que pode resultar em rugas, fraqueza muscular e dor nas articulações.

 

 

 

 

Mitos e verdades sobre o colágeno

Suplementos de colágeno rejuvenescem a pele?

Mito.

Muitos acreditam que consumir colágeno em pó ou em cápsulas pode reverter os sinais do envelhecimento, mas a afirmação ainda não é respaldada pela ciência. “Não há dados científico, de estudos bem feitos, que realmente comprovem que a suplementação de colágeno oral é capaz de rejuvenescer a pele”, alerta Isis Veronez Minami.

A verdade é que a suplementação pode até ser benéfica para a saúde quando há deficiência na alimentação na forma de proteína, com mais benefícios para cabelos e unhas, mas sem ser vantajosa para o rejuvenescimento ou tratamento de flacidez da pele.

 

Leia também: Estudo aponta crescimento de 167% no consumo de colágeno

 

 

Colágeno cura dor nas articulações?

Mito.

Outro mito comum é que o colágeno pode curar completamente dores nas articulações. O colágeno pode ser um complemento benéfico para tratamentos convencionais, mas não deve ser considerado uma solução única.

Além disso, é necessário ter um diagnóstico adequado relacionado à causa das dores para seguir um tratamento adequado.

“As sociedades internacionais de estudo de pele e cartilagem são enfáticas em dizer que não há evidência científica nos estudos que demonstre eficácia do uso de suplementos com colágeno oral para melhorar a pele e cartilagens. Sendo assim, é leviano dizer que o colágeno cura as dores nas articulações”, destaca Gabriela Capareli, dermatologista e membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica.

A alimentação influencia na produção de colágeno?

Verdade.

Consumir alimentos ricos em colágeno, como caldos de ossos, pode fornecer os aminoácidos necessários para a síntese de colágeno no corpo.

Uma dieta equilibrada rica em vitamina C, zinco e cobre é essencial para a produção natural de colágeno. Frutas cítricas, nozes, sementes e vegetais verdes também são importantes para manter a saúde dos tecidos conectivos.

“Todos os aminoácidos e vitaminas necessários para a produção de colágeno são encontrados nos alimentos, sendo de fundamental importância a ingesta de alimentos de origem animal, como ovos, carnes vermelhas e frango, bem como alimentos ricos em vitamina c”, complementa Capareli.

Colágeno pode fortalecer cabelos e unhas?

Verdade.

Algumas evidências sugerem que o colágeno pode melhorar a força e o crescimento dos cabelos e unhas.

“O colágeno pode fortalecer cabelos e unhas, porém, esse efeito não é percebido por todas as pessoas que o consomem, e, sim, por pessoas que já não tinham boa ingesta de uma alimentação saudável e adequada para a idade”, diz Minami.

Perdemos colágeno ao ficarmos velhos?

Verdade.

É normal perdermos colágeno ao longo da vida. Após os 25 anos de idade, a taxa de degradação de colágeno natural é de cerca de 1% a 2% ao ano, e, nas mulheres, no pós-menopausa, isso aumenta para cerca de 5% ao ano.

Veja 10 hábitos que podem acelerar a perda de colágeno

 

 

Fonte: CNN
Foto: Reprodução