Investigação da Polícia Civil envolve cinco técnicos de enfermagem e apura crimes de tráfico de drogas e peculato
A morte de Gesielly Fernandes da Silva, técnica em enfermagem que sofreu uma overdose de anestésicos, levou à denúncia de que ela comprava morfina de colegas, conforme relatou sua irmã, Jhessica Fernandes. Segundo Jhessica, Gesielly estava em depressão e se tornou dependente do medicamento para aliviar dores constantes.
Jhessica revelou que sua irmã injetava morfina em si mesma e que as colegas de trabalho sabiam de seu estado. Nas conversas de celular de Gesielly, ela pedia apoio emocional e, em troca, recebia morfina, seja por compra ou doação.
Prints obtidos pela Polícia Civil mostram negociações de Gesielly com uma funcionária do Hospital Estadual de Trindade (Hetrin), onde ambas trabalhavam. Segundo o delegado Thiago Martinho, a colega mentia sobre o estado de saúde dos pacientes para obter e desviar a morfina.
A investigação agora busca esclarecer há quanto tempo os desvios ocorriam. Até o momento, cinco técnicos de enfermagem estão sendo investigados, e uma funcionária já foi presa.
A Polícia Civil investiga um esquema de tráfico de medicamentos controlados, como morfina e tramadol, no Hetrin, onde técnicos e enfermeiros negociavam essas substâncias. Em resposta, o hospital declarou que está colaborando com as investigações e que demitiu os funcionários suspeitos, totalizando cinco servidores desligados.
Na última quarta-feira (16), uma operação cumpriu seis mandados de busca e apreensão no hospital, com foco no combate ao comércio ilegal de morfina. A investigação começou após a morte de Gesielly, embora a data exata de sua morte não tenha sido divulgada. A polícia ainda afirmou que o hospital é vítima no caso e que os crimes investigados envolvem peculato, associação criminosa, tráfico de drogas e homicídio.