Sincofarma SP

Mounjaro e Ozempic: qual caneta emagrecedora é mais barata? Veja a comparação

Compartilhe:

Facebook
LinkedIn
WhatsApp

Com a comercialização oficial do Mounjaro programada para começar na primeira quinzena de maio, a disputa entre os medicamentos se baseia principalmente nos preços

 

 

A Eli Lilly, farmacêutica que produz e comercializa o medicamento Mounjaro (tirzepatida), anunciou na última sexta-feira (25) que o produto começará a ser vendido nas farmácias brasileiras na primeira quinzena de maio.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o medicamento Mounjaro para o tratamento do diabetes tipo 2 e agora aguarda a avaliação da indicação para controle crônico do peso, como forma auxiliar à dieta e à atividade física. O remédio chega ao Brasil como concorrente direto do Ozempic, que tem como princípio ativo a semaglutida.

Ambos os medicamentos são administrados semanalmente por meio de canetas injetáveis e têm sido utilizados também para o controle de peso, mesmo antes da autorização oficial para essa finalidade. A principal diferença entre os fármacos está em seus princípios ativos: o Mounjaro utiliza a tirzepatida, enquanto o Ozempic contém semaglutida. Esses compostos atuam no controle da glicose e na redução do apetite.

 

Comparação de preços

Atualmente, o Ozempic é mais barato do que o Mounjaro nas farmácias brasileiras. A diferença de preço pode chegar a centenas de reais, dependendo da dose e do canal de compra.

No caso do Mounjaro, cada caixa contém quatro canetas, o que corresponde a um mês de tratamento. A versão de 2,5 mg, dentro do programa da fabricante (Lilly), será vendida por R$ 1.406,75 no e-commerce e R$ 1.506,76 em lojas físicas. Fora do programa, o preço sobe para R$ 1.907,29.

 

Leia também: Mounjaro chega ao Brasil em maio: medicamento para diabetes chega antes do previsto

 

Já a versão de 5 mg custará R$ 1.759,64 no e-commerce e R$ 1.859,65 nas lojas físicas, dentro do programa. Fora dele, o valor chega a R$ 2.384,34.

O Ozempic, também comercializado em caixas com quatro canetas, tem preços definidos de acordo com a alíquota de ICMS de cada estado, conforme a tabela da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED) publicada em abril de 2024.

 

 

 

 

 

Quem pode tomar?

Especialistas médicos, as farmacêuticas e até mesmo a Anvisa não aprovam a utilização dos medicamentos de forma off-label, que ocorre quando um médico prescreve um medicamento fora das indicações aprovadas na bula.

Segundo Tarissa Petry, endocrinologista do Centro Especializado em Obesidade e Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, a medicação deve ser sempre prescrita por um médico para pessoas com obesidade clínica e/ou diabetes que estão em acompanhamento.

A recomendação é que o Mounjaro e o Ozempic sejam utilizados por pacientes com diabetes tipo 2 que necessitam de um melhor controle glicêmico e, em alguns casos, para indivíduos com obesidade associada ao diabetes. A especialista destaca que o uso desses medicamentos para perda de peso em pessoas sem diagnóstico de obesidade é desaconselhado.

Apesar disso, no Brasil, a indicação oficial do Mounjaro ainda se restringe ao tratamento do diabetes tipo 2. A liberação do uso do medicamento para controle de peso ainda está em análise pela Anvisa.

 

 

 

Fonte: Infomoney
Foto: Freepik