Consultoria BI Pugatch Consilium publicou nova edição de pesquisa após oito anos.
Uma pesquisa desenvolvida pela empresa de consultoria BI Pugatch Consilium classificou o mercado farmacêutico brasileiro como o quarto mais competitivo da América Latina. As informações são do portal BioRed Brasil.
A análise levou em conta critérios como a capacidade científica e de pesquisa clínica, o sistema regulatório, o acesso ao mercado e a proteção da propriedade intelectual, além do feedback de executivos do setor, para determinar um índice percentual de competitividade de cada um dos mercados latinos.
O Brasil registrou uma pontuação de 61,3%, valor acima da média de 59% anotada na região e inferior apenas ao de países como Costa Rica (70%), Chile (68%) e México (65%).
Mercado farmacêutica brasileiro registrou avanço
O país registrou avanços em relação à última edição da pesquisa, divulgada em 2017, com um índice geral cinco pontos percentuais maior na versão mais recente. O principal fator de diferenciação entre as performances brasileiras foi a consolidação de seu sistema regulatório.
“A Anvisa mantém um processo minucioso, respeitando o perfil de risco dos medicamentos em avaliação”, explica o diretor do Instituto de Prospectiva e Inovação em Saúde (INNOS), Carlos Escobar.
Problemas com propriedade intelectual seguem afetando o país
O critério com pior desempenho do mercado brasileiro, em ambas as oportunidades, foi o de proteção à propriedade intelectual, com um índice de 46% na edição de 2025. O resultado rendeu ao país a oitava colocação entre os dez países que formam o ranking.
A lentidão na avaliação desse tipo de processo é tanta que nesse ano o Brasil registrou, pela primeira vez desde 2010, mais pedidos novos de análise de patente maior do que casos finalizados.
“A Anvisa é uma agência de primeira linha e vem trabalhando para modernizar suas operações, mas esse trabalho não é suficiente se a autarquia não estruturar um departamento específico voltado a essa área, o que trava o potencial de crescimento”, afirma um dos autores do estudo, Meir Pugatch.