Medicamento e seus similares oferecem menores ganhos às varejistas.
Um estudo divulgado pela XP avaliou a possibilidade das margens de lucro das farmácias se retraírem ao longo do ano. As principais causas dessa tendência, de acordo com a corretora, estão relacionadas a questões de instabilidade no mercado de GLP-1. As informações são do portal InfoMoney.
Essa categoria, liderada por fármacos como Ozempic, Wegovy, Mounjaro e Saxenda, sofre com as incertezas relacionadas a novas legislações, problemas de disponibilidade, variações nos preços, desenvolvimento de concorrentes e expiração de patentes.
Entretanto, o segmento de emagrecimento é um dos que mais movimenta o setor atualmente, sendo importante inclusive para uma ampliação do índice de Same Store Sales (SSS), ou vendas nas mesmas lojas), que deve variar entre 0,85 e 2 pontos percentuais no primeiro semestre.
Margem de lucro das farmácias deve cair no 2° tri
No segundo semestre, no entanto, é esperada uma retração. Por se tratarem de medicamentos de prescrição, que já costumam ter uma rentabilidade mais estreita, as margens brutas das farmácias devem cair 20 pontos base para cada ponto percentual adicional de vendas.
O relatório ainda aponta que o início da validade da medida da Anvisa, que exige a retenção da receita desses fármacos, deve resultar em uma redução estimada entre 0,6 e 1,8 pontos percentuais no SSS. Isso ainda somado a uma desaceleração no ritmo de compra dos usuários que se anteciparam à nova norma e formaram estoques, inflacionando as vendas em diárias em 15,5% em relação ao período anterior e 39% na comparação anual. Apesar disso, o impacto na margem Ebitda (Ebitda, ou lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações, sobre Receita) pode ser neutro, devido ao alto valor dos produtos e à consequente alavancagem operacional.