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De Mounjaro a vacina da dengue: 14 novidades da saúde que bombaram em 2025

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Aprovações da Anvisa, novas vacinas e tecnologias redefiniram o cuidado com a saúde e acesso a tratamentos.

 

O ano de 2025 foi marcado por avanços relevantes na área da saúde no Brasil e no mundo, com a aprovação de novas terapias, vacinas, medicamentos e aplicações de tecnologia que impactaram diretamente o tratamento, a prevenção e o diagnóstico de doenças ao longo do ano.

 

Entre os principais destaques estiveram a edição genética aplicada na prática clínica, a ampliação da vacinação, o avanço de medicamentos para doenças neurodegenerativas, o uso crescente de inteligência artificial em hospitais e a chegada de novos tratamentos para obesidade, diabetes e HIV.

 

Janeiro: edição genética, na prática
Em janeiro, o Brasil iniciou a aplicação de terapias de edição genética para o tratamento da anemia falciforme. O Casgevy, desenvolvido pela Vertex Pharmaceuticals em parceria com a CRISPR Therapeutics, tornou-se a primeira terapia baseada na técnica CRISPR/Cas9 a receber registro sanitário no mundo.

 

A aprovação foi concedida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em dezembro de 2024, e os primeiros centros de tratamento começaram a operar no país no início de 2025.

 

Março: blindagem contra bronquiolite
Em março, o Ministério da Saúde incorporou a vacinação contra o Vírus Sincicial Respiratório (VSR) para gestantes e idosos. A medida teve como objetivo reduzir as internações infantis por bronquiolite, que haviam atingido níveis críticos nos anos anteriores.

 

Até 2024, o VSR era responsável por cerca de 75% das internações por bronquiolite em bebês menores de um ano no Brasil. O tratamento era apenas de suporte, com oxigênio e hidratação, o que provocava sobrecarga em leitos de UTI pediátrica entre março e julho.

 

 

Abril: avanço no Alzheimer
Em abril, a Anvisa aprovou o medicamento Donanemabe (Kisunla) para o tratamento do Alzheimer. O fármaco atua na redução das placas de beta-amiloide no cérebro, consideradas um dos principais fatores da progressão da doença.

 

O medicamento é um anticorpo monoclonal que atravessa a barreira hematoencefálica e estimula o próprio sistema imunológico do paciente a remover essas placas, com impacto na evolução dos sintomas.

 

Maio: chegada do Mounjaro
O mês de maio marcou o lançamento oficial do Mounjaro no Brasil. O medicamento, à base de tirzepatida, passou a ser utilizado no tratamento do diabetes tipo 2 e da obesidade, com ação dupla nos receptores GIP e GLP-1.

 

A chegada do fármaco ampliou as opções terapêuticas para o tratamento metabólico, com maior potência em relação a medicamentos anteriores, e passou a ser amplamente adotado na prática clínica.

 

Junho: cérebro conectado
A Neuralink (empresa de Elon Musk) e outras gigantes da neurotecnologia consolidaram dados que mostram que o cérebro humano pode, sim, se conectar diretamente a máquinas para devolver autonomia a quem a perdeu.

 

O foco das aplicações médicas foi a reabilitação motora e neurológica, com potencial de devolver autonomia a pessoas com perda de movimentos.

 

Julho: vacina contra o câncer
Em julho, estudos indicaram que vacinas personalizadas de mRNA conseguiram aumentar a sobrevida de pacientes com câncer de pulmão avançado. A tecnologia atua estimulando o sistema imunológico a reconhecer e combater o tumor de forma ampla.

 

As vacinas foram utilizadas em conjunto com a imunoterapia, aumentando a eficácia do tratamento ao criar uma resposta imune mais duradoura.

 

Agosto: IA diagnóstica
O mês de agosto foi marcado pela implementação em larga escala de softwares de inteligência artificial para a análise de exames de imagem em hospitais públicos. A tecnologia passou a identificar alterações críticas em tempo real.

 

Quando detectava sinais suspeitos, como nódulos ou indícios de AVC, o sistema priorizava automaticamente o exame para avaliação imediata por médicos, reduzindo o tempo de diagnóstico.

 

Setembro: potencializando o emagrecimento
Em setembro, a Anvisa autorizou a comercialização das doses de 7,5 mg e 10 mg do Mounjaro. A liberação permitiu ajustes terapêuticos em pacientes com obesidade mais complexa, especialmente nos casos em que havia estabilização da perda de peso com doses iniciais.

 

As doses mais altas ampliaram a capacidade de resposta ao tratamento em casos mais graves.

 

Outubro: PrEP injetável
Em outubro, a prevenção ao HIV ganhou escala com a ampliação do uso da PrEP injetável de longa duração. O medicamento Cabotegravir passou a ser aplicado a cada dois meses, substituindo o uso diário de comprimidos.

 

A mudança alterou a estratégia de prevenção ao vírus, facilitando a adesão ao tratamento preventivo.

 

Novembro: órgãos e vacina da dengue
Em novembro, pesquisas confirmaram avanços no xenotransplante, com um rim de porco geneticamente modificado funcionando por 60 dias em um paciente humano. O resultado representou um passo relevante na busca por alternativas às filas de transplante.

 

No mesmo período, foi aprovada a vacina brasileira contra a dengue, desenvolvida pelo Instituto Butantan, em dose única e com eficácia superior a 80%.

 

Dezembro: grand finale da medicina
Em dezembro, a Anvisa aprovou a primeira insulina de aplicação semanal, reduzindo de forma significativa a frequência de injeções em pacientes com diabetes tipo 2. O medicamento mantém os níveis de glicose controlados por até sete dias.

 

Fenômeno Moungato surgiu a tendência do uso de semaglutida em animais obesos, com pesquisas da USP testando até implantes de 6 meses para gatos. O alerta médico é crítico: doses humanas em pets são perigosas e causam intoxicações graves, exigindo cautela total dos tutores.

 

Fonte: Gazeta SP
Foto: Reprodução