2021-11-17 11:10:43
O preço dos medicamentos vendidos para hospitais caiu pelo quinto mês seguido, a maior sequência desde o início da pandemia do novo coronavírus. Em outubro, o recuo foi de 2,35%.
Na sequência de quedas, que vem desde junho, esse também é o período com o recuo mais acentuado, superando agosto (-2,29%). Os dados têm como base o Índice de Preços de Medicamentos para Hospitais (IPM-H), indicador criado pela Fipe em parceria com a healthtech Bionexo.
Para o CEO da healthtech, Rafael Barbosa, a queda é reflexo da vacinação. “O avanço da imunização e a expressiva melhora no quadro da pandemia têm aliviado a pressão sobre os preços desde abril deste ano, apesar do câmbio permanecer depreciado em relação ao dólar. No último semestre, os preços estão se estabilizando cada vez mais e se aproximando dos níveis pré-pandemia, em paralelo aos progressos feitos com a vacinação e seus impactos sobre o número de casos e ocupação de leitos”, explica.
Os medicamentos “campeões” de queda
A grande maioria dos grupos de medicamentos apresentaram retração no período. Aqueles com queda mais acentuada são:
- Sistema nervoso -7,76%
- Aparelho cardiovascular -4,89%
- Anti-infecciosos gerais para uso sistêmico -4,55%
- Sistema musculoesquelético -3,96%
- Preparados hormonais -3,61%
- Aparelho digestivo/metabolismo -3,07%
O único grupo de medicamentos a apresentar um aumento no preço foi o de imunoterápicos, vacinas e antialérgicos, com crescimento médio de 3,13%. Já os remédios que atuam nos órgãos sensitivos mantiveram-se em um patamar próximo à estabilidade, com avanço de 0,02%.
Apesar do momento, ano registrou alta
No acumulado de 2021, apesar da sequência de quedas, o IPM-H ainda registra uma alta de 5,94%. Isso se deve ao fato de todos os grupos de medicamentos terem apresentado algum encarecimento durante o ano.
No período de 12 meses, o acumulado registra uma alta maior ainda, chegando a 6,70%.