2021-12-29 11:24:53
O mercado de cannabis medicinal tem ganhado força, não só pelo aumento de demanda por parte do consumidor, mas também com a maior adesão da classe médica na prescrição desses medicamentos.
Segundo reportagem do Valor Econômico, as indústrias que atuam no país encerraram este ano com oito produtos autorizados para comercialização em redes de farmácias e receita de R$ 229 milhões. A expectativa é que para 2022 as empresas do setor mais do que dobrem o faturamento, chegando a R$ 500 milhões, com pelo menos 15 novos produtos em análise pela Anvisa.
A agência sanitária tem 34 solicitações acumuladas, o que pode crescer o pipeline de autorizações de novos medicamentos nos próximos meses. Um deles é o da Hypera. Atualmente, o laboratório paranaense Prati-Donaduzzi é a único que desenvolve medicamento sintético à base de cannabis no país. Outras duas empresas estão com pedidos em análise para produzir esse tipo de medicamento a partir dos insumos trazidos de fora.
Também na fila aguardando autorização para sua fábrica de Vargem Grande (Grande São Paulo), a GreenCare, com 85 funcionários, também vê esse mercado com forte expansão nos próximos anos. Com atuação no país desde 2015, com a importação de medicamentos, a HempMeds não tem interesse, por ora, de ter produção local.
Medicamentos à base de cannabis têm sido prescritos globalmente para casos de Parkinson, Alzheimer, epilepsia, dor crônica entre outros males. Com a pandemia, cresceu também o número de prescrições para casos de depressão, ansiedade e insônia.