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Intercambialidade de vacinas: qual é posicionamento do Ministério da Saúde?

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2021-07-12 12:00:03

 

Além do cuidado com o correto armazenamento de vacinas, em câmaras científicas regularizadas pelo Ministério da Saúde, os imunizantes aplicados em doses separadas possuem um cuidado especial quanto à chamada “intercambialidade”.

 

O Ministério da Saúde desautorizou a combinação de vacinas (intercambialidade) – estratégia adotada por alguns municípios, que, em alguns casos, aplicaram a primeira dose de uma vacina para, em seguida, utilizar, na mesma pessoa, o imunizante de outro fabricante. O Ministério da Saúde não recomenda esta prática em nenhum caso.

 

“Estudos de intercambialidade estão sendo realizados, mas ainda não são suficientes para tomarmos decisões como estratégias de saúde pública. Na hora que houver mais estudos, aí sim os especialistas vão se manifestar no [âmbito] do Programa Nacional de Imunização, apoiado pela câmara técnica”, disse o Ministro da Saúde Marcelo Queiroga, ao fazer um alerta para os secretários de saúde de estados e municípios que, porventura, tenham adotado a combinação de vacinas.

 

“Os secretários estaduais e municipais de Saúde que, por acaso, queiram modificar as orientações do PNI não devem fazê-lo por conta própria. Devem fazê-lo após aprovação do grupo intergestor do PNI, apoiado pela Câmara Técnica. Claro que eles têm sua autonomia, mas não para mudar o cerne do que foi discutido na política tripartite”, disse Queiroga.

 

Queiroga comenta que, apesar de possuírem autonomia, os municípios não podem criar esquemas vacinais diferentes sem ouvir ao PNI. “A melhor maneira de termos eficiência na nossa política de vacinação é a discussão ampla, com o apoio dos especialistas”, acrescentou o ministro.

 

Após reincluir grávidas e puérperas (mulheres no período pós-parto, de 45 dias) entre os grupos prioritários para receber a vacina contra a covid-19, o Ministério da Saúde alertou que isso deve ser feito com os imunizantes da Pfizer ou da Sinovac/Butantan. “Os imunizantes que podem ser utilizados em mulheres grávidas são os da Pfizer e da Coronavac. AstraZeneca e Janssen não”, declarou o ministro, Marcelo Queiroga. A exceção à recomendação ministerial é para as grávidas e puérperas que já tenham recebido uma primeira dose da vacina da AstraZeneca. Nestes casos, o ciclo vacinal deve ser completado com a aplicação da segunda dose com o imunizante do mesmo fabricante. (Fonte: https://agenciabrasil.ebc.com.br).