2021-03-03 16:35:38
O antisséptico usado para preparar a aplicação do injetável é essencial?
Devido a pandemia da COVID-19 nunca se falou e usou tanto álcool em gel. Mas será que esse é realmente o melhor antisséptico.
A resposta é: Não.
Na verdade nenhum antisséptico tem 100% de eficácia para esterilizar o local de aplicação do injetável. O que realmente garante que não haverá contaminação, do local de introdução da agulha, com a microbiota da pele, não o quê? mas COMO? se usa o antisséptico.
Técnica de Assepsia
Tudo é baseado em técnica, não resolve ter o melhor agente bactericida e não saber como aplicá-lo.
Muitos aplicados, vão e voltam em uma dança de bactérias na pele do cliente. Tem aqueles que abanam de tanto álcool que aplicaram. Os que parecem que estão fazendo carinho na pele, ou seja a forma com que se aplica é a chave.
A técnica correta, segundo: Ministério da Saúde. Portaria nº 2.095, de 24 de setembro de 2013 : O procedimento de assepsia da pele deve ser realizado com álcool a 70%, friccionar o algodão embebido por 30 segundos e, em seguida, esperar mais 30 segundos para permitir a secagem da pele, deixando-a sem vestígios do produto, de modo a evitar qualquer interferência do álcool na aplicação.
Vacinas
No caso de aplicação de vacinas, n=o mesmo manual, deixa claro: Não está indicada assepsia com álcool a 70% na administração de vacinas, para evitar possível interferência do álcool com o imunobiológico.
Nunca devo usar o álcool em vacinas?
Somente se houver sujidade perceptível, a pele deve ser limpa com água e sabão ou álcool a 70%, principalmente se vacinação ocorrer extramuros ou em ambiente hospitalar. Serviços de saúde possuem autonomia para criar protocolos próprios baseados na sua realidade local.
Por: Veronica Soares
-
Graduação em Farmácia Bioquímica pela Universidade Estadual Paulista Júlio
de Mesquita Filho (2002);
-
Mestre em Biotecnologia pelo instituto de Química – UNESP Araraquara (2005);
-
Doutorado pelo instituto de Biologia – Programa de pós-graduação em Biologia
funcional e Molecular, área de Bioquímica;
-
Docente da Universidade Paulista UNIP e Unianchieta, Jundiaí-SP, nas disciplinas de farmacologia, atenção farmacêutica e farmacoterapia;
-
Docente dos cursos de Pós-graduação pelo ICTQ, Racine, Ipupo;
-
Experiência internacional na Espanha, Alemanha, Itália e EUA;
Você tem dúvidas quanto aos antissépticos e técnicas de administração de medicamentos injetáveis?
Venha fazer o Curso de Injetáveis do Sincofarma.