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Primeiro medicamento capaz de retardar o alzheimer deve ser aprovado

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2020-11-10 12:04:01

 

Órgãos reguladores norte-americanos deverão avaliar possíveis evidências de que o medicamento aducanumab, da farmacêutica Biogen, possa funcionar no tratamento da doença de Alzheimer. Segundo o portal Las Vegas Sun, nesta sexta-feira (06/11), um painel composto por especialistas deve se reunir com a Food and Drugs Administration (FDA), órgão responsável pela liberação de medicamentos em território americano, para falar sobre o fármaco.

De acordo com artigo publicado no The New York Times, a droga não seria capaz de interromper, reverter ou curar a demência. No entanto, algumas evidências sugerem que possa retardar a progressão dos problemas de memória e pensamento em pessoas com sintomas leves ou precoces de declínio cognitivo, dando-lhes um pouco mais de tempo antes de desenvolverem o Alzheimer. Caso as essas expectativas se confirmem e o produto seja aprovado, esse seria o primeiro medicamento a fazer isso atacando a biologia central da doença.

Na quarta-feira (04/11), um relatório da equipe do FDA deu uma visão geral favorável, dizendo que o estudo mostrou provas “excepcionalmente persuasivas”. Contudo, um estatístico do órgão regulador observou falhas e inconsistências nos resultados apresentados pelos estudos, além de possíveis problemas de segurança.

O medicamento

O aducanumab tem como objetivo ajudar a eliminar do cérebro aglomerados nocivos de uma proteína chamada beta-amilóide. De acordo com o Las Vegas Sun, outros medicamentos experimentais fizeram isso, mas não teriam feito diferença na capacidade dos pacientes de pensar, cuidar de si mesmos ou viver de forma independente.

Outro ponto que tem sido abordado é que fármaco é um medicamento biotecnológico feito de células vivas. Por isso, outro problema apontado seria relacionado ao preço, pois, esses produtos costumam ser extremamente caros.

Caso o medicamento seja aprovado, cientistas afirmam que esse poderá ser o primeiro grande avanço, em 20 anos, no tratamento da patologia degenerativa do cérebro, destacou o portal Life Style ao Minuto.