Sincofarma SP

Associativismo cresce como opção para independentes

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2020-09-14 11:14:55

 

Com faturamento de R$ 13 bilhões entre janeiro e julho deste ano, as redes ligadas ao associativismo cresceram 21,5% em relação ao mesmo período do ano passado. É o segmento com maior evolução percentual no varejo farmacêutico, segundo a IQVIA, e que vem se consolidando como opção para farmácias independentes – especialmente em regiões como Nordeste e Sul, onde o market share já chega a 20%, contra 17% da média nacional.

O potencial desse mercado inspirou o Sincofarma-SP a idealizar a primeira edição do Fórum Empreenda Farma, que reuniu executivos do atacado, da indústria e do varejo na última quinta-feira, dia 10. O debate girou em torno da pergunta Caminhar sozinho ou aderir ao associativismo?, mas os participantes foram unânimes na resposta.

Izael Godoi Junior, diretor comercial da Sanofi, utilizou os mais recentes resultados de vendas para justificar a relevância do associativismo. “No acumulado do ano, nossa receita com genéricos nesse segmento avançou 90%. As categorias de Primary Care e Consumer Health cresceram 21% e 15%, respectivamente”, informa.

A farmacêutica, inclusive, desenvolveu uma estrutura e uma política comercial exclusivas para o segmento. “Hoje, essa rede de atendimento já contempla mais de 10 mil farmácias, que passam a acessar programas de descontos e suporte a pacientes, planos para ampliar visibilidade de produtos no PDV e feiras digitais. As associativistas são um pilar estratégico para a indústria”, ressalta.

Meia colher x novo cenário

Ramirez Soares Ramos, diretor do Grupo Multifarma, bandeira que administra cerca de 150 unidades em dez estados, foi ainda mais taxativo. “O mercado não aceita meia colher. Ou seja, o gestor da farmácia independente precisa assumir uma nova mentalidade e entender que a adesão ao associativismo será a porta de entrada para obter condições de compra e estratégias de precificação realmente mais assertivas”, comenta. “É fato que temos quase 80 mil estabelecimentos farmacêuticos no Brasil, mas a média de lojas fechadas beira as 7 mil. Por isso, quem não estiver aberto a esse novo cenário está fadado a fracassar”, acrescenta.

Mas Ramos faz um alerta. “Quem abraçar o modelo associativista precisa entender que ele não é só uma central de compras. Temos casos de empresários afiliados à nossa rede que reduziram em até R$ 3 mil as despesas mensais com impostos, justamente porque conseguiram agregar conhecimento e inteligência de mercado ao seu negócio”, afirma.

“A união em torno desse modelo garante às farmácias um maior poder de informação e mais previsibilidade nas operações”, conclui Natanael Aguiar Costa, presidente do Sincofarma-SP.