Sincofarma SP

Coronavírus: Por que o Ministério não recomenda cloroquina em casos leves

Compartilhe:

Facebook
LinkedIn
WhatsApp

2020-04-08 14:30:55

 

Eles defendem que os casos graves estariam em outro patamar nos quais “os benefícios superam os riscos”.

 

Em entrevista coletiva nesta terça-feira, 7, técnicos do Ministério da Saúde explicaram as razões porque o uso da cloroquina e hidroxicloroquina não foi liberado pela pasta para o tratamento de pacientes que ainda apresentem quadros leves da infecção pelo novo coronavírus.

Denizar Vianna, secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos, explicou que há importantes pesquisas acerca destas duas substâncias, justamente por terem diversos aspectos conhecidos, como as ações no corpo humano e seus efeitos adversos. “São medicamentos análogos, o que muda na hidroxicloroquina é a adição de um radical, que no uso a longo prazo pode reduzir a toxicidade, mas no curto prazo (que é o que está previsto no tratamento para Covid-19) não vai ter tanto efeito”, explicou.

A preocupação em tratamentos mais ligeiros, segundo ele, é o potencial dos remédios em gerar arritmias cardíacas. “O coração é uma bomba que depende da ativação de um sistema elétrico próprio. Esses medicamentos podem produzir o prolongamento de uma das fases elétricas do coração e propiciar um ambiente favorável a uma arritmia que pode ser potencialmente fatal”, detalhou.