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Aumentam os casos de diabetes tipo 2 em jovens

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2020-02-28 12:00:08

 

O crescimento do número de casos se deve aos maus hábitos de vida entre crianças e adolescentes.

 

Atualmente, há 17 milhões de diabético no Brasil, sendo que 90% possuem o tipo 2, que é ligado à má alimentação, sedentarismo e maus hábitos do mundo contemporâneo. Para os jovens, o controle deve ser mais exigente, pois o excesso de açúcar na corrente sanguínea pode causar efeitos mais perigosos. Nos últimos 15 anos, o número entre jovens com diabetes tipo 2 nos EUA subiu 55%. No Brasil não há uma estatística definida, mas a tendência é o aumento ser semelhante.

O diabetes provém do metabolismo da glicose, que vem dos carboidratos depois de ingeridos, como doces, massas, pães e batatas. A insulina é o hormônio produzido pelo pâncreas, que permite à glicose que entre nas células para nos fornecer energia. A insulina faz o acompanhamento dos altos e baixos das taxas de glicose no organismo, por isso não pode haver falta de insulina, completa ou parcialmente. Ou seja, açúcar demais no sangue pode ocasionar males irreversíveis aos vasos sanguíneos e órgãos.

Entre os jovens diabéticos, apenas 10% são casos hereditários, 8 em cada 10 está acima do peso, o que pode diminuir a resistência da insulina. Isso se deve à má alimentação e maus hábitos da vida moderna, como consumo em excesso de açúcares e alimentos gordurosos, além dos derivados de farinha branca e bebidas alcóolicas.

Por ser de conhecimento geral que a alimentação de uma criança e adolescente é controlada, os pais são os que devem fazer esse monitoramento e aplicar uma alimentação regrada. Cerca de 70% do consumo calórico de uma criança ou pré-adolescente de até 12 anos vem de dentro de casa. A Universidade de Illinois, nos EUA, fez uma pesquisa com 183 mil voluntários com idades entre 3 e 17 anos que revelou que apenas três refeições em família semanais diminuem os índices de obesidade, ao diminuir em 12% o sobrepeso e reduzir o consumo de calorias em até 20%. O sedentarismo também contribui muito para o sobrepeso, estimulador da diabetes. Nos dias atuais, quatro em cada cinco adolescentes entre 11 a 17 anos são sedentários.

Insulina em pó nas farmácias

As farmácias brasileiras começaram a comercializar o medicamento Afrezza, em fevereiro. A primeira insulina em pó do mercado começa agir em 15 minutos, após inalação. O tempo é similar aos injetáveis, porém não é necessária refrigeração, se tornando mais prática e menos invasiva.

Alguns especialistas ainda têm receio em recomendar o remédio, devido ao fracasso da Exubera, a primeira insulina inalável que surgiu. A mesma se acumulava nos brônquios aumentando o risco de crescimento de células tumorais preexistentes. Por isso, a FDA, agência regulamentadora de medicamentos nos EUA fez um estudo rigoroso antes da Afrezza ser aprovada.

Esta nova versão é contraindicada a pacientes menores de 18 anos e com problemas pulmonares. O custo de um tratamento com a mesma pode chegar a mais de R$ 3200,00, pelos menos três vezes mais que a insulina tradicional.

 

Com informações da Veja.