2020-01-29 11:00:08
No momento, um caso suspeito em Porto Alegre, uma estudante em Belo Horizonte e um paciente no Paraná estão sendo monitorados.
A OMS – Organização Mundial da Saúde, aumentou o risco de alerta global em relação ao coronavírus, após quase três mil casos confirmados em território chinês. Por isso, o Brasil recomenda que evitem viagens para a China, fora casos de extrema necessidade. Tal orientação foi publicada ontem (28/01) no novo boletim epidemiológico, com informações para vigilância e assistência da rede pública de saúde. Qualquer pessoa vinda desta região, nos últimos 14 dias, apresentando problemas respiratórios e febre são consideradas casos suspeitos.
Casos suspeitos no Brasil
Uma estudante de Belo Horizonte – MG apresentou os sintomas do coronavírus e possui histórico de viagem para o epicentro da doença, Wuhan, na China, tendo chegado em território brasileiro no dia 24 de janeiro. A identificação do vírus está sendo feita por exames de laboratórios.
Em Porto Alegre – RS, outro paciente está sendo acompanhado pela suspeita do vírus, ao se enquadrar na atual definição de sintomas da doença. Mais recentemente, no Paraná, em Curitiba, uma última suspeita da doença foi divulgada. O paciente está internado no Hospital Santa Cruz, em observação.
Apesar das situações serem condizentes com a atual definição de suspeita, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), ou seja, apresentar sintomas respiratórios, febre e estar na região de contato da doença nos últimos 14 dias, não há nenhuma confirmação da doença até o momento.
Testes no Brasil
Os testes para as possíveis suspeitas no Brasil serão feitos por laboratórios referência do Ministério da Saúde, tais como a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz – RJ), Instituto Evandro Chagas (IEC) e o Instituto Adolfo Lutz. Os diagnósticos laboratoriais apresentam técnicas de detecção do genoma viral.
O boletim epidemiológico apresenta orientações a todas as áreas de atuação do SUS – Sistema Único de Saúde e também a definição exata de casos suspeitos, prováveis, confirmados e descartados. Os estados brasileiros devem seguir o plano de contingência do Ministério da Saúde, tendo sete dias para atualização dos protocolos e medidas de prevenção.
O Ministério da Saúde também ativou o COE – Comitê de Operações de Emergência, com o intuito de organizar toda a rede pública para o atendimento de prováveis casos no Brasil.
O grupo é constituído por técnicos especializados em emergências na saúde pública. Junto com o Ministério da Saúde, a OPAS/OMS (Organização Pan-Americana da Saúde), a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e o IEC (Instituto Evandro Chagas) e mais outros órgãos responsáveis pela saúde estão habilitados para responder de maneira imediata e consolidada a entrada do coronavírus no Brasil.
Por Maíra Bergamo
Com informações do Ministério da Saúde
