Sincofarma SP

Dia 05 de junho – Dia Mundial do Meio Ambiente – Sincofarma/SP discorre sobre a Política Nacional de Resíduos Sólidos

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2019-06-05 18:00:08

 

Departamento de assuntos regulatórios do Sincofarma/SP esclarece os impactos do assunto no meio ambiente.

 

A Lei nº 12.305/10, sobre a PNRS é uma exigência aos setores público e privados para um gerenciamento claro de seus resíduos. O grande crescimento da geração de resíduos sólidos urbanos, devido ao aumento populacional, pode causar grandes impactos ambientais.

Por isso, tal política é uma evolução no gerenciamento de resíduos sólidos, se posicionando como uma responsabilidade compartilhada vital para garantir a coleta e destinação adequada dos resíduos e estímulo de medidas de não geração e consumo conscientes. Dessa forma, espera-se a redução dos impactos associados à disposição incorreta, como contaminação de solos, águas subterrâneas e superficiais e risco à saúde da população.

TRANSPORTE CONCENTRADO

O farmacêutico e coordenador do departamento de assuntos regulatórios do Sincofarma/SP, Juan Carlos Becerra Ligos, acredita que a maior dificuldade para o setor é a dimensão do país. “O transporte de cargas no Brasil é altamente concentrado: 61,1% dos transportes no país ocorrem no setor rodoviário, possui uma extensão de 1.720.700,3 km, dos quais apenas 12,4% são pavimentadas. É muito dificultado o planejamento da logística desses resíduos, podendo levar a um acumulo no varejo”, ele diz, relacionando com a quantidade de farmácias espalhadas pelo país, “A cadeia nacional farmacêutica soma mais de 80 mil farmácias, e para alinhar metas, compromisso e responsabilidades com um programa nacional se mostra um desafio, além da dificuldade de estimar o volume e frequência de recolhimento dos medicamentos devolvidos pela população”, completa.

PONTOS DE COLETA

O farmacêutico também alerta para risco sanitário de armazenamento nos pontos de coleta. “O extravio dos resíduos de medicamentos é agravado, caso não haja responsabilidade e capacitação dos pontos de coleta envolvidos no armazenamento temporário adequado no recebimento destes medicamentos. Riscos sanitários em função de desvios para utilização posterior devem ser avaliados com cautela”, ele atenta.

CONSCIENTIZAÇÃO DA POPULAÇÃO

No que se refere a população, é importante deixar as pessoas a par de quais embalagens secundárias, cartucho e bula, devem ser descartadas e consideradas recicláveis no sistema de logística reversa. “Estamos no processo da definição dos pontos de coleta, orientação à população, prazos de coleta e custos envolvidos e, ainda, buscando fontes de financiamento para o processo”, informa o farmacêutico.

O Sincofarma/SP está trabalhando, junto ao grupo de trabalho com a indústria e atacado para analisar as responsabilidades do varejo e custos para coletar estes resíduos. Conforme for firmada a infraestrutura, equipamentos e dispositivos necessários e adequados para uma coleta e armazenamento temporário seguros, chegaremos ao menor custo possível, e na melhor dinâmica para os diferentes portes de farmácias. Dessa forma, é possível atenuar as alterações significativas nas rotinas diárias e elevação de despesas.

“Em conjunto com os demais elos da cadeia farmacêutica, é necessário a pesquisa de soluções para superar as dificuldades, e desta forma, viabilizar tecnicamente e economicamente a Logística Reversa de Medicamentos no Estado, onde ocorre a maior geração destes resíduos.

O Sincofarma SP está empenhado para viabilizar um acordo setorial para a Logística Reversa de Medicamentos em poder da população, visando preservar o meio ambiente e proteger a saúde da população”, finaliza Juan Ligos.

Por Maíra Bergamo