2018-08-09 12:00:08
Conselho Regional de Farmácia de Alagoas faz um alerta às mamães.
Na semana em que se comemora o dia mundial da amamentação, o Conselho Regional de Farmácia de Alagoas faz um alerta às mamães que estão amamentando quanto ao risco do uso de medicamentos durante esse período.
A farmacêutica, Eliane Campesatto, explica que o uso de medicamentos durante a amamentação deve ser feito com muito cuidado e orientação porque a quantidade de um medicamento excretado no leite materno não pode ultrapassar a 2% da dose administrada à mãe.
“O farmacêutico precisa estreitar os laços com a mãe, criando uma relação de confiança e corresponsabilidade, estimulando o autocuidado e a percepção de problemas. Alguns medicamentos requerem muito cuidado por conta de suas reações adversas, como por exemplo, os utilizados na quimioterapia do câncer, o álcool, as anfetaminas, a sibutramina, os hipnóticos e sedativos, os anabolizantes, as substâncias radioativas, os analgésicos opióides, entre outros”, comentou.
A orientação da farmacêutica é embora alguns estudos indiquem que quantidades moderadas de muitos medicamentos não apresentem riscos para a criança, é fundamental a orientação médica ou farmacêutica antes que qualquer substância seja ingerida por mulheres que estejam amamentando, para evitar riscos à saúde do bebê.
Ela pontua que se ocorrer a necessidade de usar um medicamento contraindicado na amamentação, a interrupção temporária da amamentação pode ser uma alternativa, no entanto a mãe pode ir retirando o leite, com algumas semanas de antecedência, e estocar em congelador para alimentar o bebê no período de uso do medicamento.
“Caso isso não seja possível, é fundamental que a mãe procure o ajuda do pediatra, que orientará sobre os alimentos que o bebê pode receber”, alertou.
De acordo com a farmacêutica, a prescrição de medicamentos para mães que estão amamentando baseia-se no conceito de risco e benefício. “Deve-se fazer opção, sempre que possível, por uma droga já́ estudada, que seja pouco excretada no leite materno e que não tenha risco aparente para a saúde da criança”, pontuou.