2018-08-13 12:00:08
Segundo pesquisa realizada recentemente pela Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogárias (Abrafarma), e dados compilados pela Fundação Instituto de Administração da Universidade de São Paulo (FIA-USP), o primeiro semestre de 2018 foi muito positivo para as redes farmacêuticas no Brasil. Reunindo 24 nomes entre farmácias e drogarias, foram movimentados mais de R$22 bilhões neste ano, representando um crescimento de 7,54% em relação a esse mesmo período em 2017.
As redes associadas, mesmo que representando 9,2% do total de farmácias em funcionamento no País, concentram mais de 45% do faturamento do setor. Os remédios isentos de prescrição médica foram os principais responsáveis pela alta. Com faturamento superior a R$ 3,5 bilhões, essa categoria teve um avanço de 15,42% e representou 16% das vendas totais. Cerca de 60% dos pacientes recorrem a esses medicamentos sob orientação farmacêutica para gerenciar os sintomas do dia a dia. Os consumidores estão se tornando mais proativos em relação ao autocuidado com a saúde, avalia Sergio Mena Barreto, presidente executivo da Abrafarma.
Barreto também credita o resultado aos investimentos realizados em inovação e vendas, além de infraestrutura logística para evitar a ruptura nas gôndolas. A abertura de novas lojas, especialmente em pequenas cidades com até 50 mil habitantes, também contribuiu para o aumento do faturamento, acrescenta. O balanço ainda apontou que o comércio geral de medicamentos totalizou R$ 15,64 bilhões, um aumento de 8,08% em relação aos seis primeiros meses do ano passado. No primeiro semestre, o segmento de genéricos movimentou R$ 2,63 bilhões, um crescimento de 4,67% sobre o primeiro semestre de 2017. Ao todo, foram vendidas mais de 169 milhões de unidades. A venda dos não medicamentos contabilizou R$ 7,13 bilhões, o que representou um acréscimo de 6,37%. O número de lojas aumentou 9,29%, passando de 6.533 para 7.140 unidades. Já o número de contratações subiu 7,46%, de 114.154 para 122.673 funcionários e colaboradores. Mais de 22 mil desses profissionais são farmacêuticos.