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Hormônio que afeta pressão arterial pode estar envolvido na presença do autismo, diz estudo

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2018-05-03 12:00:08

 

Em pesquisa em macacos e em crianças autistas, cientistas mostram que a vasopressina está associada a baixos níveis de interação social. Objetivo dos pesquisadores é a busca por novas terapias contra o autismo.

A vasopressina, um hormônio conhecido por regular processos que envolvem a pressão arterial, também está associada a mecanismos de interação social; e, em níveis muito baixos, pode ser um indício da presença de autismo, diz estudo publicado nesta segunda-feira (2) na “Science Translational Medicine”. A pesquisa envolveu cientistas de duas instituições norte-americanas: a Universidade de Stanford e a Universidade da Califórnia.

Até agora, a ciência tem descrito a vasopressina como um hormônio que aumenta a pressão arterial por induzir uma constrição dos vasos sanguíneos. A substância também pode atuar modulando processos do sistema nervoso: estudos já mostraram que níveis elevados da vasopressina estão associados à agressividade. Agora, parece que o composto também pode servir como um possível marcador para baixa interação social e para a presença do autismo.

O transtorno do espectro do autismo afeta uma em cada 68 crianças nos Estados Unidos, aponta o estudo. Apesar de prevalente, não há tratamento específico para a doença e os estudos hoje são difíceis de serem feitos pela complexidade do transtorno, afirmam os pesquisadores. Em camundongos, por exemplo, cientistas descrevem ser impossível mimetizar os diversos aspectos sociais e sintomas que permeiam a doença. Um outro problema apontado é o diagnóstico:

“Como o autismo afeta o cérebro, é muito difícil conseguir estudar o transtorno. O diagnóstico é feito com base no relato de pais e na observação de médicos”, diz Karen Parker, professora de psiquiatria na Universidade de Stanford e principal autora do estudo, em nota.

Tendo em vista as dificuldades enfrentadas, pesquisadores do estudo publicado nesta segunda fizeram dois testes: um em macacos e outro em humanos. O objetivo do grupo é chegar a terapias que possam ajudar pessoas que vivem com o autismo.