2017-11-29 12:00:08
Os pacientes tem a percepção de que os médicos que se comunicam face a face, sem um computador, têm mais compaixão, melhores habilidades de comunicação e são mais profissionais, de acordo com um estudo que está sendo apresentado no Simpósio de Cuidados Paliativos e de Apoio de Sustentabilidade em 2017, realizado de 27 a 28 de outubro em San Diego, nos Estados Unidos.
Pesquisadores do MD Anderson Cancer Center, em Houston, e colegas realizaram um ensaio clínico controlado aleatorizado em um centro de atendimento ambulatorial. Um total de 120 adultos com câncer avançado foram randomizados para assistir duas vinhetas de vídeo padronizadas de três minutos que mostram um encontro clínico de rotina entre um paciente e um médico; em um vídeo, o médico comunicou face a face, enquanto no outro o médico usava o computador da sala de exames durante a conversa. Os pacientes completaram questionários validados depois de verem cada vídeo.
Os pesquisadores descobriram que, depois de assistir o primeiro vídeo, os pacientes avaliam os resultados de compaixão, habilidades de comunicação e profissionalismo melhor para o encontro clínico presencial. Um período significante e efeito de sequência foi encontrado favorecendo o segundo vídeo sobre pontuação de compaixão após análise de cruzamento. Setenta e dois por cento dos pacientes preferiram a comunicação face a face depois de assistir o segundo vídeo.
Segundo os autores, sabe-se que ter um bom relacionamento com os pacientes pode ser extremamente benéfico para a saúde. Pacientes com doença avançada precisam das orientações que surgem a partir de uma interação direta para ajudá-los em seus cuidados.