2017-09-14 13:30:08
O cartão de crédito lidera o ranking para pagamento de despesas em supermercados (62%), em farmácias (49%)e abastecer veículos (30%), aponta o indicador de uso do crédito do SPC (Serviço de Proteção ao Crédito) Brasil) e da CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas). Ainda de acordo com o levantamento, a maioria dos brasileiros também usa o “dinheiro de plástico” para comprar roupas, calçados e acessórios (29%), idas a bares e restaurantes (28%) e recargas para celular pré-pago (20%).
Segundo a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, as compras em supermercados são principalmente de mantimentos. Ela fez um alerta para que o consumidor fique atento, a fim de evitar juros elevados.
“Independentemente do tipo de aquisição, o cartão pode ser um aliado do orçamento e não, necessariamente, um vilão. Tudo depende da maturidade e do grau de organização do seu usuário. Se ele não pagar a fatura integral e acabar optando pelo rotativo ou parcelamento, vai arcar com uma taxa de juros que pode chegar até a 500%, em média”, diz.
O valor médio das faturas em julho atingiu R$ 883 e mais de um terço dos consumidores (39%) gastaram mais nesse período. Um total de 33% dos consultados declararam ter mantido o valor estável e apenas 24% indicaram uma redução.
O levantamento indicou um comportamento mais seletivo dos estabelecimentos comerciais, porque, em 61% dos casos em que o consumidor tentou fazer compras parceladas, esse tipo de operação foi negada. Entre os principais motivos, estão a inadimplência das contas (9%), renda insuficiente (3%) e falta de comprovante de renda mensal (3%).
Parcelamento/ O levantamento mostra ainda que as compras parceladas também foram feitas por cartão de crédito (37%), seguido por cartões de lojas (13%). Entre os consultados, 6% citaram ter entrado no limite do cheque especial. Outros 4% disseram ter feito empréstimos, e o mesmo percentual informou ter recorrido a financiamentos (4%).
Mais da metade das pessoas (58%) disse que não fez compras e nem empréstimos neste período.
Para 40% dos entrevistados, está difícil ou muito difícil conseguir empréstimos e financiamentos. Apenas 18% avaliaram ser fácil ou muito fácil, sendo que 21% ficaram neutros. Entre os que obtiveram empréstimos, 34% admitiram ter atrasado parcelas em algum momento e 19% contaram que estão com parcelas em atraso.
Mais 2,5 mil trabalhadores foram mandados embora, aponta Fiesp
O emprego na indústria paulista registrou ligeira queda (-0,11%) em agosto em relação a julho, segundo o levantamento divulgado ontem pela Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo). É a quarta retração consecutiva. O percentual significa o fechamento de 2,5 mil postos de trabalho, representando ainda uma queda de 3,27% em comparação com agosto de 2016.
No acumulado de janeiro a agosto, no entanto, o saldo de geração de emprego no setor industrial de São Paulo é positivo, com 5,5 mil novas vagas, um crescimento de 0,26% em relação ao mesmo período do ano passado.
Para o diretor do Departamento de Pesquisas Econômicas da Fiesp, Paulo Francin, o resultado indica estabilidade no nível de emprego da indústria. “A produção industrial mostra recuperação, apesar de ainda não ser vigorosa, é contínua, refletindo na manutenção dos postos de trabalho”, ressaltou.
Na avaliação do economista, pode ainda levar um tempo para que as empresas voltem a fazer contratações de modo que o emprego volte a crescer no setor. “A geração de novos empregos é a última variável a reagir. Ainda temos muita capacidade ociosa, o que deve levar as empresas a resistir a novas contratações por um tempo”, acrescentou.
Dos 22 setores acompanhados para o levantamento, 14 tiveram fechamento de postos de trabalho, quatro apresentaram crescimento e quatro ficaram estáveis.
A maior expansão na quantidade de empregos foi do setor de alimentos, que gerou 1.060 novas vagas, um crescimento de 0,26% em comparação com julho. No acumulado do ano, o ramo alimentício registra alta de 3,31% no número de postos de trabalho.
O setor de máquinas e equipamentos teve crescimento de 0,56% em agosto, com a abertura de 947 postos. No saldo de janeiro a agosto, no entanto, o ramo tem queda de -0,56%.
O maior fechamento de vagas ocorreu no setor de veículos automotores, reboque e carroceria, como corte de 1.171 postos, uma retração e -0,52%. Nos primeiros oito meses do ano, o ramo teve redução de -1,18% no nível de emprego.
A indústria de confecção e artigos de vestuário perdeu 708 vagas entre julho e agosto (-0,48%). No acumulado do ano, o ramo tem queda de -0,14% no número de postos de trabalho.