Sincofarma SP

Orientação farmacêutica em libras

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Farmacêuticos inovam e exercem papel social e profissional ao adequar linguagem às pessoas com deficiência auditiva.

Uma cena estará para sempre entre as situações gratificantes da carreira do Dr. Pedro Roberto Cabral, farmacêutico supervisor das farmácias da atenção básica de Araraquara: a primeira vez em que um casal com deficiência auditiva foi até a drogaria em que atuava com uma receita e, ele, mesmo com pouco conhecimento em libras (língua brasileira de sinais) na época, explicou a indicação, posologia, formas de utilizar e armazenamento. “Eles me agradeceram pela explicação e por atendê-los em sua língua, se sentiram valorizados. Me senti o melhor farmacêutico do mundo, fiquei ali com aquela satisfação incrível por cumprir plenamente minha obrigação como ser humano e profissional”. 

Essa poderia ser uma realidade acessível a mais de 2 milhões de brasileiros que possuem deficiência auditiva, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Desse total de deficientes auditivos, 21% tem grau intenso ou muito intenso de limitações, que compromete atividades habituais. A especialização em libras pode ser uma área de atuação para o farmacêutico, que pode aplicar esse conhecimento para lecionar no ensino básico ou superior ou mesmo para fazer palestras e orientar pacientes em farmácias e hospitais. 

Retorno positivo

Ainda na infância, Dra. Abia Cristina Felippe passou a observar o quanto as crianças com deficiência auditiva eram excluídas das brincadeiras por terem dificuldade em se comunicar.  Triste com a situação, começou a estudar libras para ajudá-las. 

Hoje, trabalha voluntariamente dando palestras sobre administração de medicamentos, já que muitos pacientes com deficiência auditiva a procuram com suas receitas até mesmo antes de começar qualquer tratamento. “Faço curso na Instituição de ensino Seli Educação e Inclusão (que atende pacientes com deficiência auditiva desde 2002 com ensino médio, cursos de capacitação, inclusão e pós-graduação). Realizo uma anamnese farmacêutica com alunos e professores surdos e os oriento. O retorno é muito positivo”. 

Coordenadora da Semana de Assistência Farmacêutica e da Comissão de Ações na Comunidade da Seccional Zona Leste do CRF-SP, Dra. Abia enxerga os resultados a todo momento. Um de seus pacientes, o professor Vinícius Oliveira, destaca que já precisou ir à farmácia muitas vezes e teve de escrever num papel o que sentia. “Sempre tiro dúvidas com a Dra. Abia porque ela me entende e consigo me comunicar melhor”. 

Ação apoiada pelo CRF-SP

Aproveitando essa habilidade da Dra. Abia e sua disposição para ações sociais, a Seccional do CRF-SP na Zona Leste esteve presente na atividade promovida pelo Instituto de ensino Seli Educação e Inclusão. Farmacêuticos voluntários aferiram a pressão arterial, mediram a glicemia capilar e orientaram os participantes, entre eles alunos, familiares e professores do Instituto. 

A diretora regional da Seccional Zona Leste do CRF-SP, Dra. Alessandra Brognara destacou o quanto fica feliz por ter uma profissional como a Dra. Abia na equipe. “A Seccional da Zona Leste procura sempre inovar nas ações para a comunidade, por entender que é nossa responsabilidade social, além de ser uma forma de valorizar a profissão. E com essa habilidade e disposição da Dra. Abia pudemos aliar questões importantes em uma única atividade e atuar em benefício de pessoas com necessidades especiais”.

A ação também contou a parceria da Cruz Vermelha e Polícia Militar. 

Conhecimento em libras

O farmacêutico (a) que desejar conhecer a linguagem em libras, pode entrar em contato com a Dra. Abia pelo e-mail abiafelipp@hotmail.com.

 

Fonte: CRF-SP