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A medição de pressão arterial lidera a procura por serviços farmacêuticos no varejo, mas dividindo espaço com os testes rápidos da Covid-19. É o que indicou o resultado da última enquete do Panorama Farmacêutico.
O levantamento contou com a manifestação de 3.073 assinantes do portal. Deste grupo, 37% apresentaram a medição de pressão como campeões de demanda, enquanto 33% indicaram os testes. Outros 23% citaram a revisão medicamentosa e os exames de glicemia receberam apenas 7% das menções.
A julgar pelos números, os serviços farmacêuticos já se consolidaram como principais símbolos da nova era de atendimento do varejo. Com base em dados do grandes redes de farmácias, o ano de 2021 marcou um recorde de atendimentos do gênero – o total foi de 7,17 milhões, considerando consultas, procedimentos, vacinas, check-ups e os testes, que responderam por 85% desse montante.
Serviços farmacêuticos com capacidade ociosa
No entanto, mesmo com a explosão na procura, os serviços absorveram somente 55% da capacidade de utilização das salas clínicas das farmácias. “Isso demonstra o preparo do varejo farmacêutico para incorporar ainda mais serviços de assistência, valendo-se da sua capilaridade e elevada frequência média de clientes”, comenta Sergio Mena Barreto, CEO da Abrafarma.
A consolidação dessa área, porém, ainda esbarra na excessiva concentração regional. Somente cinco estados – São Paulo, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Paraná e Ceará – perfazem mais de 2/3 (67%) dos atendimentos.
Exemplo dos Estados Unidos
Mas muito além de tendência, os serviços farmacêuticos têm potencial para mudar a cultura de saúde de um país, engajando até a classe estudantil. E boas iniciativas aparecem nos Estados Unidos, a exemplo de um projeto da NACDS Foundation, entidade gerida pela Associação Nacional de Redes de Drogarias.
O projeto engaja alunos de cursos de graduação de farmácia, instituições de ensino e profissionais de gestão do setor em prol da formação e acesso a programas educacionais inovadores. Também premia centros acadêmicos com subsídios a cursos de especialização e estudantes com bolsas de estudo. Só no ano passado foram destinados US$ 130 mil para programas de aprimoramento profissional em sete escolas e universidades de farmácia.
Desde o início do programa há 24 anos, mais de US$ 4,5 milhões foram concedidos para centros educacionais e estudantes de farmácia. A entidade ainda distribuiu cinco prêmios focados em inovação no valor de US$ 20 mil cada, a fim de financiar programas centrados no paciente, como conscientização sobre vacinas, serviços de telessaúde para doenças cardiovasculares em populações de alto risco e treinamento de primeiros socorros em saúde mental.
Outras duas universidades também foram selecionadas e receberam uma premiação de US$ 15 mil por trabalhos que incentivam e apoiam a diversidade em seus ambientes acadêmicos e de minorias na profissão farmacêutica. A fundação teve mais de 40 inscrições de programas de inclusão de escolas e faculdades de farmácia.
Fonte: Panorama Farmacêutico