2017-08-15 12:00:08
As consultorias Close-Up e QuintilesIMS projetam para este ano um crescimento de 7,5% do mercado farmacêutico em faturamento e cerca de 3% em unidades. Para 2018, as estimativas ficam entre 6,9% e 9,3% em faturamento e aproximadamente 3% em unidades. As análises foram apresentadas no Fórum Expectativas 2018, realizado pelo Sindusfarma no dia 9 de agosto.
Num panorama geral, o mercado farmacêutico movimentou cerca de 5,8 bilhões de unidades e R$ 126 bilhões nos 12 meses até junho de 2017. Os medicamentos de prescrição representam 47% do montante e são os que têm resistido melhor à crise econômica. Já as marcas próprias das redes têm se mostrado 19% mais baratas e surgem como uma opção de melhor custo-benefício ao consumidor. A indicação do balconista/farmacêutico é ainda um fator muito importante para a escolha do produto, representando 66% da influência no cliente na parte de medicamentos e 47% em relação ao consumo.
Para o vice-presidente sênior da QuintilesIMS, Sidney Clark, o mercado farmacêutico também foi impulsionado pelos medicamentos para diabetes (15%), oncológicos (15%), para hepatite (13%) e doenças autoimunes (11%), no período de 2014 a 2016. “O impacto de quebra de patentes será 50% maior nos próximos cinco anos, o que tornará o segmento de medicamentos biológicos altamente competitivo no Brasil e no mundo”, complementa. Já o vice-presidente corporativo da Close-Up, Paulo Paiva, informou que os medicamentos oncológicos totalizaram 45% dos lançamentos no mercado farmacêutico brasileiro entre julho de 2016 e junho de 2017, seguidos dos produtos para doenças cardiovasculares (12%), para diabetes e o aparelho respiratório (10% cada) e vacinas (5%).
Em relação ao varejo farmacêutico, Paiva argumentou que as grandes redes continuam a aumentar sua representatividade no mercado (9,3%), porém, de forma mais lenta que nos anos anteriores. “O que traz um aporte significativo a este segmento é a abertura de lojas, mesmo com uma pequena desaceleração”, ressalta. Ainda segundo o estudo, a farmácia independente segue bastante relevante, mas já sentindo o peso do momento atual, e o associativista apresenta um crescimento acima do mercado, em decorrência da mudança de visão. “Trata-se de um grupo que compartilha pensamento, estratégia, forma de atuação, marketing e gestão, com uma demonstração de crescimento forte”, finaliza o consultor.