2017-09-18 11:00:08
O Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos do Estado de São Paulo – Sincofarma/SP, representado pelo Dr. Magno de Souza Nascimento, advogado do departamento jurídico desta entidade sindical, prestigiou e apoiou o programa coordenado pelo Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial (ETCO) e o Fórum Nacional Contra a Pirataria e a Ilegalidade (FNCP), com parceria da Prefeitura de São Paulo, o qual tem como objetivo combater de forma efetiva a prática do contrabando, a falsificação e a pirataria em defesa do mercado legal brasileiro, sendo que somente no ano de 2016, proporcionou a estimativa de perda de R$ 9 bilhões de reais em 16 setores do mercado varejista como medicamentos, cosméticos, combustíveis, vestuário e cigarros apenas na cidade de São Paulo.
Veja abaixo a matéria completa da redação da Prefeitura de São Paulo.
A Prefeitura e o Movimento em Defesa do Mercado Legal Brasileiro, coordenado pelo Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial (ETCO) e o Fórum Nacional Contra a Pirataria e a Ilegalidade (FNCP), lançam nesta sexta-feira (15) o Movimento Legalidade. O Programa pretende intensificar o combate ao contrabando, à falsificação e à pirataria na capital paulista, e acontece também em parceria com mais de 70 entidades empresariais e organizações da sociedade civil afetadas por essas práticas ilegais.
O Movimento Legalidade representa a união de forças entre a sociedade civil e o poder público para construir uma cidade mais desenvolvida, com maior número de empregos, segurança, renda, arrecadação e focada no combate ao mercado ilegal. Além da Prefeitura, fazem parte do movimento órgãos do Estado (Polícias Militar e Civil, Vigilância Sanitária, Procon e Ipem) e da União (Receita Federal, Polícia Federal, Anvisa e ANP).
A cidade de São Paulo será a primeira a adotar esse projeto. Com o apoio da Frente Nacional de Prefeitos, outros municípios devem adotar esse programa nos próximos meses. A atuação do Movimento Legalidade será dividida nas seguintes frentes:
- Reestruturação do Gabinete de Gestão Integrada (GGI), que reúne órgãos da Prefeitura, do Estado e da União para debater e definir estratégias para ações em vários temas, entre ele fraudes contra o consumidor e o comércio ilegal;
- Criação do Comitê de Defesa do Mercado Legal, ligado ao GGI: ele tem a missão de identificar os centros de vendas, distribuição e depósitos de produtos ilegais, definindo as ações de negligência e de combate a práticas ilícitas que geram prejuízos ao erário, consumidor e empresas legais e formais;
- Movimento sustentável de aproveitamento das apreensões e descarte de produtos: parceria com associações de classe, entidades do terceiro setor e poder público para definir a destinação das apreensões;
- Educação do comerciante sobre as práticas ilegais, seus impactos a ameaças às atividades produtivas;
- Simplificação de práticas e posturas que geram entraves à atividade comercial e estimulam a informalidade;
- Companha de comunicação/mídia para informar sobre essas iniciativas.
“Vamos simplificar a vida do cidadão e do empreendedor para que todos estejam dentro da legalidade, sem burocracia ou insegurança jurídica”, explicou Paulo Uebel , secretário municipal de Gestão, sobre um projeto em andamento que reúne e simplifica as leias que tratam de posturas municipais – normas que visam garantir o convívio harmônico entre os cidadãos em espaços urbanos. Além disso, as secretarias municipais de Segurança Urbana e Prefeituras Regionais irão trabalhar em conjunto para amplificar a fiscalização e a atuação de irregularidades.
Prejuízos gerados pelo comércio ilegal
De acordo com levantamento realizado pelo Fórum Nacional Contra a Pirataria e a Ilegalidade (FNCP), em 2016, apenas em São Paulo, o contrabando, a falsificação e a pirataria geraram mais de R$ 9 bilhões em perdas em 16 setores produtivos como tabaco, vestuário, combustíveis e cosméticos. Com esse prejuízo, a cidade perdeu em torno de R$ 4,5 bilhões em evasão fiscal, por conta do comércio de produtos ilegais, segundo estimativa do FNCP.
O montante de R$ 4,5 bilhões perdidos em evasão fiscal, segundo números estimados do FNCP, representa para a Prefeitura de São Paulo o equivalente ao orçamento de organizações sociais para a gestão e administração de hospitais, UBS e médicos em 1 ano ou o dobro do orçamento das creches também em 1 ano ou ainda o valor de 15 anos (180 meses) de compra de remédios . (…). Além de danos financeiros, o mercado ilegal alimenta o crime organizado e financia o tráfico de drogas e armas, aumentado os índices de violência. Os produtos ilegais não têm controle de qualidade e não seguem a fiscalização brasileira, afetando a saúde de toda a sociedade.
Durante o lançamento do Movimento Legalidade, será feita a destruição de produtos ilegais, incluindo CDs, DVDs, cigarros, brinquedos, entre outros, que trazem graves riscos para a saúde e segurança da sociedade, além de prejuízos para a economia da cidade.
Também como parte das atividades, será apresentada no hall da sede da Prefeitura a miniexposição ‘Cidade do Contrabando’, que simula todas as benfeitorias possíveis se o contrabando e o comércio de produtos ilegais fossem extintos da cidade, e o dinheiro investido em prol da sociedade.
“Vamos trabalhar juntos com a Prefeitura para combater o contrabando de produtos que tanto afeta e traz prejuízos para nossa cidade. A violência que está na rua e que nos amedronta é financiada por esses crimes. Lutar contra isso é lutar a favor da vida e da dignidade dos paulistanos. A prefeitura de São Paulo está saindo na frente, mas chegou a hora de unir forças com todos municípios brasileiros em busca de soluções para o mercado ilegal”, diz Edson Vismona, presidente do Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial (ETCO) e do Fórum Nacional Contra a Pirataria e a ilegalidade (FNCP) e coordenador do Movimento Nacional em Defesa do Mercado Legal Brasileiro.