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Vacinação em SP é prevenção contra febre amarela urbana

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2017-10-31 10:30:08

 

Há quase 10 dias, a população da zona norte de São Paulo encara filas para tomar a vacina contra a febre amarela. O medo da doença surgiu após um macaco bugio ter morrido vítima da doença no Horto Florestal, o que levou as autoridades a fecharem 15 parques da região como medida preventiva. O animal morreu do tipo silvestre da doença, transmitido pelos mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes — que circulam nas matas.

Em entrevista ao R7, o coordenador do Programa Municipal de Vigilância e Controle de Arbovirose da Prefeitura de São Paulo, Eduardo de Mais, explica que a vacinação que ocorre hoje em São Paulo é “feita de forma cautelar para prevenir casos em humanos e evitar o ciclo urbano da doença”. É preciso reforçar que não há nenhuma morte de febre amarela na cidade de São Paulo.  A febre amarela urbana —  transmitida pelo mosquito Aedes aegypti — não ocorre no Brasil desde 1942.

— Seria maior preocupação em saúde pública se o ciclo urbano voltar a ocorrer.

O vice-presidente da SBim, Renato Kfouri, diz achar “pouco provável” o retorno da febre amarela urbana no Brasil, “porque temos maneira efetiva de combater a doença que é a vacinação.

Desde o início da campanha de vacinação, no dia 21 de outubro, a Prefeitura de São Paulo já vacinou 404.947 pessoas na zona norte.

Como a febre amarela “viajou” da Amazônia até São Paulo

Febre amarela que existe hoje em SP

Em relação a febre amarela silvestre, que é o tipo que ocorre hoje em São Paulo, o coordenador da Prefeitura de SP explica que a “tentativa de a controlar esse tipo da doença acontece há muito tempo”.

—  A doença é de difícil prevenção por causa do seu ciclo. De tempos em tempos, o vírus da febre amarela sai da zona de mata, mas não se sabe porque isso acontece. Só que faz parte do seu histórico e que ela atinge mais os macacos por serem mais suscetíveis ao vírus.  Eventualmente, o homem entra na mata e acaba picado por algum mosquito infectado.

Ciclo de febre amarela

Agora, vive-se o meio de um ciclo da doença, que começou no fim de 2014, e faz parte do histórico da doença. O último havia ocorrido em meados de 2008, 2009”, afirma Masi.

— [Esse ciclo] “ocorre a cada sete, oito anos, aproximadamente, e dura cerca de três anos.

O ciclo da febre amarela silvestre ocorre só em macacos e, eventualmente, os humanos são infectados. Os mosquitos transmissores de febre amarela silvestre — Haemagogus e Sabethes — costumam voar apenas por 500 m, mas se não conseguir alimentação, eles podem voar por até 2 km até encontrar outra região de mata.

— Esses mosquitos costumam viver perto da copa das árvores e se alimentam de animais vertebrados, principalmente, de macacos. Do ponto de vista do mosquito, o homem é uma fonte de alimento. Se o mosquito estiver infectado com o vírus, ele vai transmitir a doença.