2017-12-14 11:00:08
Grandes redes de farmácias devem começar a testar em suas unidades o serviço de vacinação no país nas próximas semanas. Na noite de terça feira, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou resolução para que outros estabelecimentos de saúde, além de clínicas, laboratórios e
hospitais, atuem na área. Isso deve reforçar a estratégia das varejistas de ampliar o portfólio de serviços ao cliente.
Com a mudança, há expectativa, por parte do varejo e da indústria, de queda no preço das vacinas ao consumidor em 2018.
O Brasil tem 70 mil farmácias e 1,4 mil clínicas privadas de vacinação, que passarão a enfrentar a nova concorrência direta. A rede Pague Menos inicia a adoção do projeto de vacinação em suas
drogarias até março – 700 lojas da rede já têm área determinada para esse fim.
O plano prevê que todos os 1.090 pontos da Pague Menos ofereçam o atendimento nos próximos meses. “A área permitida para o atendimento ainda deve ser informada em portaria [da Anvisa], mas estamos considerando uma área para vacinação de 7,5 m2, que dá para atender sem problemas”, diz Francisco Deusmar de Queirós,
fundador da Pague Menos. “A intenção é oferecer ao cliente esse serviço que complementa outros focados no ideal de saúde, como os testes rápidos. E a ideia é trabalhar para baixar os preços praticados no mercado. Vacina pode ser mais barata”.
Segundo ele, o investimento no projeto não é relevante, basicamente em treinamento, estoques e equipamentos para conservar os itens. Mas é preciso ter controle do inventário, por serem mercadorias de alto valor.
Na Raia Drogasil serão feitos os primeiro testes num número seleto de drogarias no próximo ano e esse volume deve “ganhar importância” a partir de 2019, diz Eugênio De Zagottis, diretor de planejamento corporativo.
Uma primeira unidade da empresa começa a oferecer o serviço nas próximas semanas, em São Paulo, mas isso não tem relação com a autorização da Anvisa. O avanço na tramitação de um projeto de lei sobre vacinação em farmácias no Estado motivou o teste. Há expectativa que o governador Geraldo Alckmin sancione o projeto. Nele, as farmácias têm que ter uma sala de atendimento de, pelo menos, 3 m2.