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Distribuição de produtos químicos deve crescer entre 3% e 5% em 2018

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2017-12-22 10:00:08

 

A projeção do segmento, que responde por 40% da demanda no País, se baseia na retomada do consumo, que puxa o desempenho da indústria. Porém, importações também podem aumentar.

Os distribuidores de produtos químicos e petroquímicos devem registrar um crescimento entre 3% e 5% no próximo ano, diante da expectativa de uma expansão próxima a 3% do PIB e da retomada mais consistente do consumo.

“Apesar das incertezas em relação às eleições, imaginamos uma recuperação da economia. O cenário de queda dos juros e inflação sob controle puxa o consumo e, dessa forma, as indústrias ampliam sua produção”, afirma o presidente da Associação Brasileira dos Distribuidores de Produtos Químicos e Petroquímicos (Associquim), Rubens Medrano.

O setor químico é um dos que mais atende a cadeias produtivas, abastecendo inúmeras indústrias. Com a expansão econômica registrada principalmente no início desta década, o faturamento do setor cresceu de forma acentuada, atingindo um patamar de US$ 6,808 bilhões em 2014, mas com quedas nos anos seguintes: US$ 5,502 bilhões, em 2015, e US$ 5,612 bilhões no ano seguinte.

Para 2017, Medrano estima que o setor possa atingir uma expansão nominal do faturamento de 2% a 3%, o que representaria uma receita de aproximadamente US$ 6 bilhões. “Estamos bastante otimistas. Sabemos que não vai haver uma recuperação gigantesca, de dois dígitos, mas já superamos o período de desaceleração e daqui para frente enxergamos boas possibilidades”, acrescenta.

O dirigente avalia que algumas áreas como têxtil e calçadista, que registraram perdas relevantes durante o período de recessão econômica, estão entre os que podem apresentar recuperação mais relevante. Já áreas como a farmacêutica, destaca Medrano, mantiveram-se mais resilientes. No ramo de tintas, o segmento foi puxado pela demanda automotiva, que aumentou a exportação de forma expressiva.

“Já a distribuição para o setor de cosméticos e alimentos não está com um grande crescimento como antes [da crise], mas já vemos um período de recuperação”, afirma, destacando ainda que estas duas áreas devem se beneficiar de um poder maior de compra dos consumidores. “São segmentos sensíveis à recuperação econômica, já que com mais renda as pessoas comem melhor e cuidam mais da aparência”, completa.

Entre as cadeias que consomem produtos químicos e que vêm sofrendo mais está a da construção civil. “Quando o segmento melhora, acaba puxando a demanda de uma série de matérias-primas, seja para a produção de argamassa, vidros ou tintas”, explica.

Um dos termômetros da recuperação econômica é o incremento das importações. Com muitas matérias-primas fora de linha no Brasil, a solução acaba sendo recorrer ao exterior. Os principais itens demandados são os especializados, chamados de produtos de “química fina”, como componentes para cosméticos, fármacos e alimentos. Também as commodities químicas, como solventes, soda cáustica e derivados de cloro, registram incremento das compras no exterior. “Quando há queda da atividade industrial, a produção nacional das matérias-primas se torna suficiente, mas com o aquecimento da demanda é necessário o aumento das importações. Alguns produtos de química fina chegam a ser quase 100% importados”, explica.

Segundo a Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), em novembro o Brasil importou US$ 3,2 bilhões em produtos químicos, representando uma alta de 5% frente a outubro e de 13,4% na comparação com novembro. No acumulado do ano, as compras externas de produtos químicos somam US$ 34,1 bilhões, aumento de 8,7% frente ao mesmo período de 2016.

De acordo com a Abiquim, em volumes, as movimentações superaram 39,2 milhões de toneladas até novembro, um aumento de 16,6% na comparação com o mesmo período do ano passado. “Os elevados níveis de aquisições farão de 2017, com projeção de mais de 43 milhões de toneladas importadas, o ano de recorde em volumes de compras externas de produtos químicos”, afirmou a entidade, em nota. O recorde anterior, registrado em 2014, foi de 40,2 milhões de toneladas.

Enquanto os grandes centros produtores estão na Bahia, no Rio Grande do Sul e em São Paulo, os distribuidores têm o papel de comercializar às médias e pequenas indústrias espalhadas pelo País.