A inflação dos medicamentos e outros gastos com saúde tem maior impacto na vida de 30% dos brasileiros no momento, índice maior do que os 22% em dezembro de 2022.
E essa preocupação é ainda maior na faixa etária de 60 anos ou mais. É o que aponta a mais recente pesquisa Radar Febraban.
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Inflação dos medicamentos foi o aspecto com maior crescimento
O pagamento de serviços de saúde e remédios foi o aspecto com maior crescimento em 2023 na pressão inflacionária sobre as famílias.
“No período de 12 meses, de dezembro de 2022 ao corrente mês, a inflação dos medicamentos e gastos com saúde saltou de 22% para 30%, empatando na segunda posição com “preço de combustíveis”. E chega a 37% na faixa etária de 60 anos ou mais”, destaca o sociólogo e cientista político Antonio Lavareda, presidente do Conselho Científico do Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (IPESPE).
Inflação dos medicamentos
Consumo de alimentos foi o campeão da inflação
O item alimentos e outros produtos do abastecimento doméstico permanece isolado em primeiro lugar, com oscilação de dois pontos no intervalo reportado (de 68% para 66%). O indicador alcança 70% entre os que possuem ensino médio, 69% entre os que têm renda entre 2 e 5 salários-mínimos e 69% na Região Sudeste.
Apesar do quadro, o levantamento aponta que o brasileiro termina 2023 mais otimista em relação ao próximo ano e à evolução do país nos últimos doze meses. Depois de mostrar recuo entre fevereiro e outubro, a perspectiva de melhoria de sua vida pessoal também voltou ao mesmo patamar que estava ao final de 2022: quase seis em cada dez entrevistados (59%) acreditam que o Brasil vai melhorar em 2024, quatro pontos a mais que no mesmo período de 2022 (55%), às vésperas da posse do novo governo.
Quanto aos pessimistas, esse contingente recuou nove pontos, de 26% para menos de um quinto agora (17%).
Realizada pelo IPESPE entre os dias 29 de novembro e 2 de dezembro, com 2 mil pessoas nas cinco regiões do País, esta edição da pesquisa mapeia as expectativas dos brasileiros sobre este ano e para o próximo, tanto em relação à vida pessoal, quanto em relação à política e à economia do país, e mensura como a população encara as compras de fim de ano, o endividamento, a Reforma Tributária, os golpes e tentativas de golpes bancários. A pesquisa também apura as opiniões de cada uma das cinco regiões brasileiras.