O ano de 2024 projeta-se para ser o pior em número de casos de dengue no Brasil, com uma previsão catastrófica de quase 4,2 milhões de casos, o dobro de 2015, até então o período com a marca recorde.
Muito disso deve-se ao pouco cuidado das pessoas ao ignorar e negligenciar os riscos gerados pelo acúmulo de água em locais dentro das próprias residências!
As vacinas estão chegando, e com isso surgem esperanças de se controlar esta doença, mas até que todos estejam imunizados vai levar tempo e as questões pontuais têm sido o diagnóstico e tratamento.
O diagnóstico pode ser feito por meio de pesquisa do antígeno NS1 já a partir do primeiro dia dos sintomas e na sequência, os exames de IGM e IGG também são importantes.
A grande questão tem sido os medicamentos utilizados para aliviar a febre súbita provocada pela dengue e as dores generalizadas por todo o corpo. Quem já teve dengue sabe como são essas dores! Normalmente as pessoas buscam manter o padrão de uso dos analgésicos de preferência ou podem também ser mal orientadas por pessoas não gabaritados.
No tratamento da febre ocasionado pela Dengue, somente 2 medicamentos podem ser utilizados: a Dipirona e o Paracetamol!
A Dipirona oferece alta segurança quanto ao seu uso, só sendo contraindicada em casos de hipersensibilidade e para crianças abaixo de 3 meses. Em gestantes, recomenda-se consultar o obstetra para avaliação de cada caso.
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Já o Paracetamol pode trazer alguns inconvenientes se utilizado em doses acima do preconizado, entretanto mesmo em doses terapêuticas pode não ser uma boa opção em casos de a doença avançar para fase crítica, onde pode ocorrer hepatomegalia e consequente dano hepático.
Em caso de Dengue não usar, em hipótese alguma os seguintes medicamentos: Ácido Acetil salicílico (AAS, Aspirina) (o pior de todos!); Diclofenaco de sódio, Ibuprofeno, Indometacina, Cetorolaco, Naproxeno, Tenoxicam, Nimesulida, Meloxicam, Piroxicam, Fenilbutazona e qualquer outro medicamento com ação analgésica e antiinflamatória.
Muito cuidado também com o uso de antialérgicos/anti-histamínicos que muitas vezes são usados para aliviar as coceiras, pois eles podem provocar sonolência, que associada à letargia e “sensação de quase desmaio” da dengue, podem trazer risco de quedas em pessoas idosas.
Não usar complexo B, Levedura de Cerveja achando que com isso o mosquito não vai te picar, isso não é verdade e pior, pelas altas dose que têm sido divulgadas para com estes medicamentos, ainda podem acabar provocando intoxicação!
Se o paciente com dengue usa anticoagulantes, precisa conversar com o médico, dado o risco de exacerbação das hemorragias. Pessoas com dengue e que apresentam doenças que causem redução do número de plaquetas, também precisam buscar orientação com o médico, pois cada caso deve ser visto de forma específica.
Na dúvida sore quais medicamentos usar ou não, em suspeita de caso de dengue, na farmácia, procure sempre o farmacêutico!
TESTES DE DENGUE NAS FARMÁCIAS: QUAIS OS MAIS INDICADOS PARA CADA FASE DA DOENÇA
Objetivo
Com o aumento de caso de Dengue no Brasil, cresce a procura de testes nas farmácias. Como o farmacêutico deve detectar cada fase da doença. Informações sobre os três tipos de exame disponíveis no mercado para detectar a dengue.
Investimento: GRATUITO
PROGRAMA
14:30 – Abertura da Sala Online
15:00 – Início do Curso
17:00 – Encerramento
Fonte: Sincofarma/SP – Gustavo Alves
Foto: Reprodução