O Conselho Federal de Farmácia (CFF) vai criar um grupo de trabalho para a elaboração de guias sobre a assistência farmacêutica em catástrofes. A decisão foi tomada após votação no Plenário do Conselho, na última quinta-feira, dia 23, motivada pela atuação dos profissionais no atendimento às vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul.
O CFF já produziu três materiais educativos para nortear o trabalho da categoria neste momento de crise. Os documentos divulgados até então foram realizados pela Assessoria Técnica e pela Coordenação de Imprensa do órgão.
Guia sobre assistência farmacêutica em catástrofes é ideia antiga
Apesar do protagonismo dos profissionais farmacêuticos e do mercado como um todo, a ideia de criar um guia sobre o tema veio ainda antes das enchentes no Rio Grande do Sul. Segundo Cláudio Guimarães, suplente de conselheiro federal de farmácia pelo estado de Santa Catarina, o tema já era estudado há mais de um mês.
“O farmacêutico participa desde a logística para a aquisição e distribuição dos medicamentos até a dispensação ao paciente. Walter Jorge João, presidente do CFF, se mostrou bastante receptivo e se prontificou a criar o novo GT para a elaboração dessas diretrizes de trabalho tão fundamentais e que contribuirão para salvar muitas vidas”, comemora.
CFF propôs melhorias no atendimento às vítimas
Para dinamizar o atendimento aos afetados pelas enchentes, o CFF enviou dois ofícios ao Ministério da Saúde e à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
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No primeiro, o conselho pediu que a pasta flexibilizasse o acesso aos medicamentos distribuídos pelo Farmácia Popular no Estado. E no ofício enviado à Anvisa, o objetivo foi pleitear a extensão da validade das receitas para a compra de medicamentos de controle especial e antimicrobianos, com o objetivo de evitar novas consultas médicas, inviáveis nas condições atuais.