Vendas de medicamentos para depressão e ansiedade – Levantamento da InterPlayers corresponde ao período de agosto/2022 a julho/2023 em comparação aos 12 meses anteriores.
As vendas de medicamentos para o tratamento de depressão e ansiedade cresceram 7% em todo o país, de agosto/2022 a julho/2023, na comparação com os 12 meses anteriores. Os índices constam no último levantamento realizado pela InterPlayers, o hub de negócios da saúde e bem-estar. Já neste ano, entre janeiro e julho, o salto foi de 19%.
A pesquisa aponta que a maior procura por remédios da classe aconteceu no estado de São Paulo, que registrou alta de 10%, enquanto a maior queda foi constatada em Goiás, com redução de 15%. O Rio Grande do Sul, 2° estado mais importante atrás de São Paulo, teve aumento de 3%.
Leia também: Exclusivo: Dez passos para inovar na farmácia
“O levantamento da InterPlayers mostra onde há maior demanda pelos medicamentos, tornando-se uma referência para gestores de saúde. Assim, eles podem direcionar investimentos e ações com mais precisão para áreas específicas, o que inclui desde a oferta de remédios até a expansão da rede de tratamentos”, comenta Ilo Souza, gerente de Inteligência Comercial, da InterPlayers.
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil tem o maior número de pessoas ansiosas do mundo: 18,6 milhões de brasileiros (9,3% da população) convivem com o transtorno. A depressão, de acordo com o Ministério da Saúde, também é um problema médico grave e altamente prevalente na população em geral, em torno de 15,5%, conforme um estudo epidemiológico.
Os índices de crescimento das vendas de medicamentos para ansiedade e depressão também destacam a importância do diagnóstico e tratamento de doenças mentais, sobretudo, no que diz respeito à conscientização e prevenção do suicídio.
Vendas de medicamentos para depressão e ansiedade
Setembro Amarelo
O movimento Setembro Amarelo surgiu justamente para chamar atenção ao tema. A ideia é promover eventos que abram espaço para debates sobre suicídio, alertando a população. No Brasil, foi criado em 2015 pelo CVV (Centro de Valorização da Vida), em parceria com CFM (Conselho Federal de Medicina) e ABP (Associação Brasileira de Psiquiatria).
Conforme dados divulgados na Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), em 2019, quase um bilhão de pessoas – incluindo 14% dos adolescentes do mundo – apresentavam um transtorno mental. O suicídio foi a causa responsável por mais de uma em cada 100 mortes, sendo que 58% ocorreram antes dos 50 anos.