Uma família está sendo investigada por participação no comércio ilegal de medicamentos de alto custo que foram furtados de hospitais e centros de distribuição no interior de São Paulo.
Esses medicamentos desviados eram posteriormente revendidos a uma organização não governamental (ONG) no Espírito Santo.
Leia também: Acusados de desviar mais de R$ 1 mi de farmácia têm bens bloqueados
O programa Fantástico, exibido no domingo (21/1), expôs que os medicamentos de alto custo desviados eram adquiridos com recursos públicos e destinados ao tratamento de pacientes com doenças graves, incluindo câncer.
“Foi constatado que 79 caixas de um medicamento, principalmente utilizado no tratamento do câncer, foram retiradas do estoque”, afirmou Fernando Bardi, diretor do Departamento de Polícia Judiciária de São Paulo Interior 2, em entrevista à TV Globo.
Comércio ilegal de medicamentos de alto custo
As investigações revelaram que essa quadrilha estava atuando há pelo menos um ano, subtraindo medicamentos. Descobriu-se que 12 pacotes saíram do aeroporto de Viracopos, em Campinas, e, como os medicamentos não possuíam nota fiscal, as encomendas eram declaradas como doações. A quadrilha inclui funcionário público considerado o primeiro elo da cadeia criminosa.
Diante desse cenário, a Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo suspendeu o pagamento do funcionário e iniciou um processo para reabastecer o estoque de medicamentos. Além disso, o departamento regional de Campinas, onde os medicamentos estavam armazenados, implementou mudanças nos protocolos de segurança e acesso.