O livro “Império da Dor”, do autor Patrick Radden Keefe, retrata de maneira chocante como uma empresa farmacêutica produziu e lançou no mercado, utilizando manobras antiéticas, o OxyContin, um opioide potente e tão viciante quanto a heroína, desencadeando assim uma das maiores crises sanitárias dos Estados Unidos.
Atualmente, estima-se que cerca de 500.000 pessoas tenham morrido de overdose da droga nas últimas duas décadas. O uso de opioides tornou-se uma das questões mais prementes e desafiadoras no âmbito da saúde pública, originando nos Estados Unidos e agora se espalhando globalmente.
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A raiz desse problema remonta ao final dos anos 1990, quando prescrições motivadas por estratégias de marketing, em vez de pesquisas sólidas, impulsionaram a disseminação descontrolada de opioides para o tratamento da dor. O livro “Império da Dor” e a minissérie homônima da Netflix lançaram luz sobre esse panorama sombrio.
OxyContin
As obras abordam o que inicialmente deveria ser uma solução para várias dores, mas que acabou se transformando em um caos descontrolado. A dependência de opioides infiltrou-se em milhares de lares, e à medida que o governo dos Estados Unidos intensificou a fiscalização sobre a principal farmacêutica responsável pela prescrição desses medicamentos, especialmente a oxicodona, os pacientes usuários viram-se obrigados a buscar alternativas nas ruas, recorrendo a traficantes e a outras substâncias, principalmente a heroína.
Ficou curioso? Leia e/ou assista à série para entender mais sobre essa história que causou amplos prejuízos à saúde pública global.