As farmácias de São Paulo vêm convivendo com um novo contratempo. Tratam-se dos casos de roubo de Ozempic, da Novo Nordisk, e outros medicamentos de alto custo.
Para contornar essa nova dor, os lojistas estão reduzindo seu estoque e mudando suas estratégias de segurança. As informações são da Jovem Pan.
Além do medicamento à base de semaglutida, outros itens visados pelos criminosos são o Saxenda, também da Novo Nordisk, e o Venvanse, da Takeda.
Roubo de Ozempic: medicamentos eram revendidos
Segundo a polícia, os medicamentos roubados tinham dois possíveis destinos. Ou eram repassados para farmácias de menor porte ou então comercializados pela internet.
A título de comparação, um caixa de Ozempic disponível no varejo farmacêutico custa, no mínimo, R$ 929. Na clandestinidade, o preço caía para R$ 700.
A polícia já desmantelou uma quadrilha que realizava esses roubos, prendendo dez pessoas. O esquema envolvia também os gestores de pequenas drogarias que adquiriam o medicamento roubado.
Medicamentos de alto custo também sofrem com a falsificação
Além de alvo de roubos no varejo farmacêutico, o Ozempic e os demais medicamentos de alto custo também são visados pelos falsificadores. Em abril mais de 270 sites de farmácias foram derrubados por vender remédios falsos.
A desativação dos e-commerces foi mais uma etapa da megaoperação da BrandShield, que já retirou quase 4 mil anúncios de redes sociais e removeu mais de 6 mil listagens online de drogas ilegais, em países como Índia, China e Brasil.
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As ações da companhia tiveram a parceria da Pharmaceutical Security Institute (PSI), organização que tem apoio de indústrias farmacêuticas como Eli Lilly e Novo Nordisk, produtoras de alguns dos medicamentos alvejados pelos criminosos.