2019-09-22 10:15:08
Pesquisa IBOPE mostra que 37% dos brasileiros acreditam ser o principal responsável pelo sucesso do tratamento. E 96% dizem seguir o tratamento recomendado pelo médico.
A pesquisa procurou avaliar também questões como o uso de medicamentos (contínuos ou não), indicações e recomendações de especialistas e da bula, dosagem e validade dos remédios, bem como reações adversas e responsabilidade do tratamento.
Pesquisa Ibope: comportamento do brasileiro em relação ao tratamento
Em média, 51% dos internautas brasileiros usam medicamentos contínuos. Esse número é maior quando falamos de mulheres (64%), pessoas com 55 anos ou mais (79%) ou respondentes de classe A (69%). Dentre quem consome medicamento contínuo, a maioria (93%) foi indicada pelo médico. 3% dizem ser orientados pelo farmacêutico e apenas 2% por amigos e parentes.
Já em relação aos respondentes que não tomam medicamentos contínuos (49%), pouco mais da metade seguiu a indicação de um médico na última vez que tomou algum medicamento, 27% tomaram por conta própria. Pessoas com 55 anos ou mais são as que mais seguiram a indicação de um médico (62%).
Quem seguiu o médico, uso contínuo (82%) e não contínuo (64%), o fez pensando exclusivamente na segurança. “Para nós a segurança do paciente é prioridade, portanto informações como estas nos fornecem subsídio para desenvolvermos novos projetos e ações focadas na segurança dos pacientes, bem como pensar em melhorias que garantam ainda mais valor para os nossos consumidores”, acredita o diretor de farmacovigilância da Bayer, Gustavo Giannattasio.
Relevantes recomendações
Os médicos têm grande consideração dentre os pesquisados. Praticamente todos os entrevistados (96%) dizem seguir o tratamento recomendado pelo médico. Destes, 96% tomaram corretamente a dosagem quando foi receitado algum medicamento, 72% acham que alterar o tempo de tomada influencia no tratamento, e 90% costumam conferir a validade dos remédios antes de ingeri-los. Dentre os 4% que não seguem o tratamento recomendado pelo médico, a maioria (46%) é porque os sintomas melhoraram.
Em relação a respeitar as orientações dos médicos, os entrevistados acreditam que a própria pessoa é a principal responsável pelo resultado do tratamento quando tomando um medicamento: 37% dos entrevistados afirmam que sua postura é determinante para que o sucesso seja alcançado. Médicos (35%) e medicamentos (27%) estão na sequência.
Grande parte (80%) informaram ler a bula quando ingerem um medicamento. Neste grupo, as mulheres são as mais assíduas: 84% lêem a bula contra 75% dos homens. Pra quem não lê (20%), metade elege o vocabulário difícil como principal barreira. Alta confiança no prescritor (35%), letras pequenas (21%) e formato pouco atraente (18%) são as outras razões citadas pelos entrevistados.
Pesquisa Ibope: reação do brasileiro quando algo não vai bem no tratamento
A maioria dos entrevistados (86%) dizem saber o que é uma reação adversa a um medicamento. Dessa forma, identificando os sintomas como enjoos (75%), tontura (70%), vômito (65%) e dor de cabeça (58%). No entanto, os jovens são os que menos saberiam informar do que se trata uma reação adversa (76%).
Quando questionados sobre a importância em relatar uma reação adversa, 97% acham que é importante relatar uma reação adversa. Contudo, somente 30% sabem que se pode relatar no site da Anvisa. A maioria destes (85%) informou que se tivesse uma reação adversa entraria em contato com o hospital ou clínica médica, 19% informariam o fabricante e somente 12% entrariam em contato com a Anvisa.
Todavia, menos da metade das pessoas (41%) sabe que o uso incorreto do medicamento, como via de administração ou tomada diferentes da prescrição, deveria ser relatado para o fabricante.